Atual vice-presidente de gabinete do Flamengo e organizador da campanha de Rodrigo Dunshee de Abranches - candidato da situação -, Diogo Lemos entrou com recurso junto ao Conselho de Administração nesta sexta-feira apontando irregularidades no processo eleitoral.
Na peça jurídica, Lemos afirma que 14 associados que estavam inadimplentes até 31 de agosto, data-limite para que pendências sejam quitadas, tiveram suas situações regularizadas pela Comissão Permanente Eleitoral do Flamengo .
Um dos 14 associados que pagaram suas dívidas após 31 de agosto é Rodrigo Tostes, vice de finanças do Flamengo em mandatos de Eduardo Bandeira de Mello e Rodolfo Landim, e agora um dos principais nomes da Chapa "Raça, Amor e Gestão", de Luiz Eduardo Bapstita, o Bap, presidente do grupo e do Conselho de Administração do clube. O documento pede que Tostes e os outros 13 tenham cassado o direito de votar em 9 de dezembro.
- A Comissão Eleitoral, cuja composição foi modificada propositalmente pelo Bap, quando este já se anunciava candidato, permitiu, contra a regra do Estatuto, que 12 pessoas que não estavam quites fossem incluídas na Relação de Eleitores, após o dia 31 de agosto. Essa comissão, inclusive, aceitou a inclusão do Rodrigo Tostes na lista de eleitores, mesmo ele estando em débito com o clube na data de corte. É importante destacar que na eleição de 2021, Tostes também devia ao clube, na data de 31 de agosto daquele ano, e não pôde votar ou ser votado - afirmou Diogo Lemos ao ge .
O requerimento de Diogo cita que a admissão de Rodrigo Tostes como associado apto para participar das eleições presidenciais de 2024 foi decidida numa votação apertada de 3 a 2. O vice de gabinete destaca que os votos favoráveis a Tostes foram dados por Breno Garbois, Brunno Lorenzoni e Lysias Itapicuru, membros da Comissão Permanente Eleitoral (CPE) do Flamengo e inscritos na chapa de Bap. Diogo Lemos, aliás, cita que em 2021 Tostes também estava inadimplente, mas que não houve qualquer movimento para tentar incluí-lo no pleito.
Procurado pela reportagem do ge, Rodrigo Tostes não se posicionou a respeito do recurso impetrado por Diogo Lemos.
A presença de Garbois, Lorenzoni e Itapicuru dentro da CPE é questionada pela chapa de situação. Diogo Lemos afirma que houve mudança na comissão em meados de junho. No dia 14 do referido mês, Bap exonerou Alexandre Furtado Gonçalves, Carlos Eduardo Nunes Pacheco de Mello e Cacau Cotta. Três dias depois, nomeou Mario Alberto Pucheu, que passou a ser presidente da CPE, além de Brunno Ribeiro Lorenzoni e Breno Garbois Fernandes Ribeiro.
Posteriormente, Bap exonerou Luis Fernando Fragoso Machado e o substituiu por Lysias Itapicuru.
Diogo Lemos pediu a anulação dos votos de Breno Garbois, Brunno Lorenzoni e Lysias Itapicuru e o consequente indeferimento à participação de Rodrigo Tostes tanto como eleitor quanto como membro transitório da chapa "Raça, Amor e Gestão", de Bap.
Além disso, a petição solicita que os 13 associados que regularizaram suas respectivas pendências financeiras junto à secretaria do clube em datas posteriores a 31 de agosto sejam excluídos da relação de eleitores e de listas que os coloquem como membros do corpo transitório ou do Conselho Deliberativo indicados por alguma das chapas.
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