O imbróglio da decisão do Carioca é o retrato melancólico de um campeonato que, da forma como é disputado, sequer deveria ter começado. Não é por acaso que os números são dignos de um torneio de várzea: 3 mil pagantes com uma arrecadação de R$ 125 mil por jogo, em média.
Só para se ter uma ideia, é a metade do público e da renda média do Paulistão. Sem contar que, em presença nos estádios, o Rio fica atrás dos campeonatos mineiro, paraibano e gaúcho, Copa do Nordeste e Primeira Liga.
É certo que o fechamento dos estádios da capital, por conta da Olimpíada, é fator determinante. Mas o que verdadeiramente explica esse fracasso é a forma amadora, improvisada e sem nenhum apreço dos cartolas com o torcedor e com os jogadores, obrigados a um excesso de viagens jamais visto. E inclui-se nisso, além de Rubinho e sua turma da Ferj, as diretorias dos clubes, cúmplices nas decisões danosas ao futebol do Rio. Só Flamengo e Fluminense, justiça seja feita, tentaram enfrentar a mão forte da federação.

Ferj recebeu sinalização de que poderá usar Maracanã nas finais do Carioca