Rodolfo Landim está a poucos dias do fim de sua gestão como presidente do Flamengo (Luiz Eduardo Baptista, o Bap, venceu a eleição para o triênio 2025-2027). O atual mandatário comanda o clube há seis anos – assumiu em 2019, foi reeleito em 2021 e encerra sua passagem no final de 2024. Mais de R$ 1 bilhão foi investido em 41 contratações no período.
Alguns nomes marcaram uma geração com conquistas, outros trouxeram o holofote europeu para o clube. Houve apostas que deram certo e, claro, outros causaram decepções.
O ge convidou seus jornalistas que acompanharam de perto a gestão nos últimos anos para avaliarem cada um dos 41 reforços, com classificações de 0 a 5 estrelas. Participaram da votação os atuais setoristas e produtor da TV Globo, Fred Gomes, Letícia Marques, Thiago Lima e Rodrigo Cerqueira, além de Cahê Mota, Fred Huber, Eric Faria, Ivan Raupp e Marcel Lins.
Vários aspectos foram levados em conta. O principal, é claro, o desempenho em campo e o retorno esportivo que o jogador trouxe para o clube. O valor investido e a expectativa também tiveram peso nas notas. Os 13 títulos conquistados nos últimos seis anos naturalmente aumentam a avaliação, principalmente de quem está no clube desde 2019.
Gabigol, Bruno Henrique, Pedro, Arrascaeta e Filipe Luís formam o Top-5 com as melhores médias. As conquistas e a identificação com a torcida traduzem o quinteto como os personagens de uma geração de rubro-negros que se forma desde o ano mágico comandado por Jorge Jesus.
As 41 contratações correspondem na verdade a 39 nomes. Gerson e Michael foram contratados em dois momentos diferentes pelo Flamengo . O meia chegou em 2019, teve uma rápida passagem pela Europa e retornou em 2023, enquanto o atacante foi contratado em 2020, deixou o clube e retornou em 2024. A nota final deles foi a média feita com os dois momentos.
No período, o presidente Rodolfo Landim se cercou diretamente de dois nomes para as tomadas de decisão: Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo). Houve a criação do Conselho de Futebol que acompanha de perto as decisões. A formação inicial tinha Luiz Eduardo Baptista (Bap), Dekko Roisman, Fabio Palmer e Diogo Lemos, além de Braz e Landim. Na reta final da gestão, a formação tinha Braz, Landim, Diogo, Reinaldo Bellotti (CEO do clube), Bernardo Amaral (VP de planejamento) e José Luiz.
Reforços por temporada
ANO | QUANTIDADE | JOGADORES |
2019 | 9 | Gabriel Barbosa, Gerson, Bruno Henrique, Rodrigo Caio, Arrascaeta, Rafinha, João Lucas, Pablo Marí e Filipe Luís |
2020 | 7 | Gustavo Henrique, Pedro Rocha, Thiago Maia, Michael, Pedro, Léo Pereira e Isla |
2021 | 4 | Bruno Viana, Kenedy, Andreas Pereira e David Luiz |
2022 | 9 | Marinho, Fabrício Bruno, Pablo, Ayrton Lucas, Santos, Cebolinha, Vidal, Pulgar e Varela |
2023 | 4 | Gerson, Luiz Araújo, Rossi e Allan |
2024 | 8 | De la Cruz, Viña, Léo Ortiz, Carlinhos, Michael, Alex Sandro, Alcaraz e Plata |
A gestão do presidente Landim fez 41 contratações para o time profissional e investiu R$ 1.145.697.000 nos últimos seis anos. A temporada atual é a que o clube mais gastou para trazer novos nomes para o plantel: foram quase R$ 300 milhões em oito reforços. O ano de 2020 foi o de segundo maior investimento: R$ 268 milhões em sete jogadores.
O levantamento acima não considera gastos com luvas, extras e intermediários. Apenas o custo para aquisição dos direitos dos atletas foi considerado. Os impostos das operações foram contabilizados.
Ao longo dos seis anos, o Flamengo teve média de quase sete reforços por temporada (6,8). Apesar de não terem sido os anos de maiores investimentos, 2019 e 2022 foram as temporadas em que o clube mais contratou – e curiosamente são os anos das conquistas das duas Libertadores. A média é de quase R$ 28 milhões por contratação neste período.
Reforços por posição
POSIÇÃO | QUANTIDADE | JOGADORES |
Goleiros | 2 | Santos e Rossi |
Laterais | 8 | Rafinha, João Lucas, Filipe Luís, Isla, Ayrton Lucas, Varela, Viña e Alex Sandro |
Zagueiros | 9 | Rodrigo Caio, Pablo Marí, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Bruno Viana, David Luiz, Fabrício Bruno, Pablo e Léo Oritiz |
Volantes | 4 | Thiago Maia, Vidal, Pulgar e Allan |
Meias | 5 | Arrascaeta, Gerson, Andreas Pereira, De la Cruz e Alcaraz |
Atacantes | 11 | Gabriel Barbosa, Bruno Henrique, Pedro Rocha, Michael, Pedro, Kenedy, Marinho, Cebolinha, Luiz Araújo e Plata |
Na gestão de Landim, o setor ofensivo foi o mais reforçado. Foram 11 atacantes contratados. Mas o número de zagueiros também chama atenção: nove. Curiosamente, neste período, o Flamengo buscou apenas dois goleiros no mercado. Vale destacar que Diego Alves – contratado ainda por Eduardo Bandeira de Mello – foi o dono da posição por anos.
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