Sem acordo com os sindicatos que representam jogadores, os clubes de futebol do Brasil fazem reuniões internas para tentar repetir um movimento que já acontece na Europa: cortes salariais em meio às incertezas financeiras com a pandemia de coronavírus.
Nesta segunda-feira, o elenco do Barcelona anunciou o que é até aqui a mais notável redução salarial, com os jogadores aceitando receber 70% menos . Na Itália, a Juventus chegou a acordo para diminuir um terço dos gastos; e, na Alemanha, o Bayern de Munique , cortará 20%.
E se as mesmas porcentagens fossem aplicadas nos vencimentos pagos pelos clubes brasileiros? Quanto seu time economizaria? O ESPN.com.br faz esse exercício com base nos gastos de cada equipe nos pagamentos na CLT, sem considerar os direitos de imagem.
Flamengo e Corinthians , como mostrou levantamento publicado por Mauro Cezar Pereira , comentarista dos canais ESPN , em parceria com a “BR Contracts”, são os clubes com maiores folhas, R$ 8,8 milhões mensais, na carteira. Logo atrás, vem o Palmeiras , com R$ 8,2 milhões.
Um corte de 70%, como no Barcelona, representaria economia de R$ 6,1 milhões por mês para os dois clubes mais populares do Brasil. Já um corte de 33%, como na Juventus, R$ 2,9 milhões. Por fim, diminuindo em 20%, como no Bayern, R$ 1,76 milhão.
Entre os clubes brasileiros que já definiram como será a redução salarial, o Atlético-MG anunciou, também nesta segunda, cortes de 25% em sua folha. O gasto do clube em carteira é de R$ 5,1 milhões/mês. Com a medida, a economia será de R$ 1,27 milhão.
Veja abaixo quanto seria a economia nas maiores folhes salariais da Série A do Campeonato Brasileiro se os exemplos de Barcelona, Juventus e Bayern de Munique fosse seguido.