Do sub-17 à elite do Flamengo em 9 meses: Torcedor e ídolo, Filipe Luís vive 'ascensão meteórica' como treinador

Em novembro do ano passado, um dos ídolos da História do Flamengo anunciou que deixaria os gramados. Aos 37 anos, o lateral Filipe Luís justificou que não tinha mais condições de atuar em alto nível pelo rubro-negro e disse "até breve" para a torcida. Foi breve mesmo. Em dois meses, ele voltou ao clube numa "outra" lateral de campo, como treinador do Sub-17. Nesta segunda-feira, apenas nove meses depois da nova "estreia", o clube anunciou a ascensão de Filipe à chefia do elenco principal. Vai substituir interinamente Tite , demitido após a queda de rendimento da equipe .

A troca de comando foi anunciada dias antes do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, que acontece nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã.

Filipe Luís vive uma "ascensão meteórica" no Flamengo como técnico. Iniciou a carreira fora das quatro linhas no sub-17, já em janeiro, depois de recusar o convite para se tornar o coordenador de seleções da CBF. Na ocasião, ele se disse "honrado" de ser considerado para o cargo, mas ressaltou que seguiria o objetivo de se tornar treinador.

Com passagem longa pelo futebol europeu, por clubes como Atlético de Madrid e Chelsea, o rubro-negro nunca escondeu seu desejo em ser treinador após pendurar as chuteiras. No entanto, até assumir o Sub-17, o ex-lateral não tinha qualquer experiência na função.

Os resultados logo vieram. Filipe foi campeão pela primeira vez como técnico em junho, depois de vencer o Vasco nos pênaltis, em São Januário, na Copa Rio da categoria. Foi sua última partida à frente desse elenco.

No mesmo mês, Filipe foi alçado ao cargo de técnico do Sub-20 da Gávea. Ele substituiu Mário Jorge e fez História ao conquistar o título da Copa Intercontinental Sub-20. Os Garotos do Ninho venceram, de virada, por 2 a 1, o Olympiacos-GRE, e levantaram o inédito troféu.

Um mês depois do adeus como jogador, Filipe Luís já concluía as aulas presenciais do curso da CBF Academy para tirar a Licença A. Em dezembro, ele já era habilitado na Licença B, que o permitia treinar times da base, mas ainda precisava cumprir a etapa do trabalho de conclusão de curso, chamada AOT: um trabalho de observação em algum clube e fazer um relatório sobre o que foi observado.

Fonte: O Globo