Você provavelmente esbarrou pela declaração de Luiz Eduardo Baptista, vice-presidente de relações externas do Flamengo, minimizando a covid-19 ontem. Ao canal de Venê Casagrande, o dirigente disse: "eu entendo que a Covid é um processo natural, que todos nós vamos ter.
A declaração foi dada com intuito de defender a volta do público aos estádios de futebol . Segundo ele, isso só não acontece por "questões políticas".
Para quem não se lembra, Luiz Eduardo Baptista é uma figura conhecida do mundo do entretenimento. E falar é uma coisa que ele gosta bastante.
Em 2014, em meio a ascensão da Netflix no mercado brasileiro, Baptista, presidente da Sky na época, ele disse que compraria o serviço de streaming se esse incomodasse a empresa de TV por assinatura.
"Não somos concorrentes. Mas, daqui a pouco, se começarem a nos incomodar, podemos comprar esses caras no Brasil", falou durante um fórum de marketing.
Ele chegou, inclusive, a dizer que a Netflix, na época, "não fazia diferença para a Sky".
Anos depois, em entrevista à Folha de S.Paulo, Baptista disse que sua declaração havia sido "mal interpretada".
"Era uma brincadeira. A Netflix nunca seria vendida numa só localidade, pela natureza do seu negócio. Agora, o nosso negócio no Brasil é algumas dezenas de vezes o da Netflix aqui."
Vale lembrar que, de acordo com números do Kantar Ibope Media, o brasileiro viu cerca de 13 horas semanais de vídeos pagos (conteúdo de streaming). Em novembro de 2020, o ranking da audiência dava 7 pontos para o streaming contra 5,1 na soma de todos canais pagos. A liderança ainda é da Globo que chega a 11,4 pontos.
Baptista não ocupa mais o cargo na Sky. Ele ficou 15 anos na empresa e anunciou sua saída no começo de 2019. O dirigente esteve no comando da fusão da empresa com a DirecTV.
Imagem: Gilvan de Souza / Flamengo