Diretor na mira do Flamengo, José Boto tem histórico de jogadores "achados" que valorizaram; veja

Ainda à espera da nova diretoria para começar a buscar reforços no mercado, o Flamengo por enquanto tem em José Boto o nome mais aguardado para dar início ao planejamento de 2025. O diretor-técnico português tem um acordo com o presidente Bap para chegar ao Rio de Janeiro depois do Natal e já estuda o elenco rubro-negro.

Se no Brasil Boto é um nome pouco conhecido dos torcedores e dirigentes, na Europa ele é famoso no meio do futebol. Seu trabalho ficou marcado por achar jogadores com potencial no mercado que se destacaram, ficaram valorizados e depois foram vendidos por valores acima do que foram contratados. Isso aconteceu principalmente no Benfica, de Portugal, onde trabalhou com o técnico Jorge Jesus, e no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, onde atuou com o treinador Luís Castro.

José Boto em sua chegada ao Osijek, da Croácia — Foto: Divulgação / Osijek

O diretor é especialista nos mercados sul-americano e dos Balcãs, no sudeste Europeu, e já foi responsável pela contratação de vários brasileiros, como por exemplo: Ederson, Ramires, Dodô, Fernando e David Luiz, atualmente no Flamengo .

Ederson Borussia Dortmund x Benfica — Foto: AP

Di María em ação com a camisa do Benfica — Foto: Reuters

Witsel comemora um gol pelo Benfica — Foto: Divulgação / Benfica

Luka Jovic em ação pelo Benfica — Foto: Divulgação / Benfica

Dodô deu duas assistências na goleada do Shakhtar sobre o Desna — Foto: Divulgação / Shakhtar

José Boto trabalhou no Benfica entre 2007 e 2018, chegando a ser chefe de scout na maior parte de sua passagem pelo clube. De lá, foi para o Shakhtar Donetsk, onde ficou até 2021 na função de diretor-técnico. Nos últimos anos passou por PAOK, da Grécia, e atualmente está no Osijek, da Croácia. Em maio de 2020, em entrevista ao jornal "AS", da Espanha, Boto revelou um pouco de sua filosofia de trabalho e que prefere trabalhar com uma equipe de scout pequena nos clubes:

José Boto durante passagem pelo Shakhtar Donetsk — Foto: Shakhtar Donetsk

- Primeiro, acredito em departamentos pequenos porque a informação circula mais rápido. É uma questão de gerenciamento de tempo, desde o momento em que você vê o jogador até o que decide. Quanto mais tempo o jogador que te interessa joga e se destaca, mais você vai pagar. Os clubes têm que pensar que um departamento de scout não é para gastar dinheiro, é para economizar.

- Muitas vezes, é tão importante quanto quem você traz e quem você impede o seu clube de trazer. Gastar dinheiro com olheiros é economizar dinheiro no final. Também somos o contraponto para as ideias de treinadores que querem trazer "seus" jogadores, ou protegemos o clube da influência de empresários. Temos que evitar contratar por contratar.

Os rubro-negros aguardam para ver esse conhecimento aplicado à realidade do futebol brasileiro. Nas redes sociais, muitos criticam o Flamengo por ir em "alvos óbvios" no mercado nos últimos anos.

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Fonte: Globo Esporte