Diego Souza no Fla-Flu: invicto, polêmico e em busca de protagonismo

Diego Souza Fluminense Cruzeiro (Foto: Daniel Teobaldo / Agência Estado) Diego Souza: três gols contra o Cruzeiro e esperança de ser decisivo pelo Fluminense em 2016 (Foto: Daniel Teobaldo / Agência Estado)

Diego Souza chega ao Fla-Flu de número 403 respaldado pela grande atuação diante do Cruzeiro - marcou três gols e foi o nome do Tricolor na vitória do meio de semana pela Primeira Liga. Curiosamente, mesmo tendo defendido também o Flamengo, nunca teve uma apresentação como a de quarta-feira no clássico, cuja edição mais recente será, domingo, a partir das 19h30, em Brasília, pelo Campeonato Carioca. Está invicto em cinco jogos, marcou um gol e ainda tem registrado uma expulsão. Embora algumas boas atuações, é verdade, jamais deixou o gramado como o cara do confronto. Tentará fazê-lo a favor do time de Eduardo Baptista.

A polêmica acompanha o meia de 30 anos ao relacioná-lo ao confronto. Revelado em Xerém, com a primeira aparição no profissional em 2003, foi vendido ao Benfica dois anos depois. No mesmo ano, sem vaga a estrangeiros, o clube português o emprestou ao Flamengo. Cerca de um mês depois. Não demorou para os tricolores o definirem como traidor. E desgostarem das frases na sua apresentação na Gávea.

- Sempre fui flamenguista e sempre tive sonho de jogar no Flamengo - disse, ao lembrar que, em 2000, com 15 anos, não passou em teste no Rubro-Negro.

Diego, depois, alegou ter tentado voltar ao Flu. Porém, revelou, não houve acordo financeiro. Não amenizou. Até porque, ao enfrentar o Tricolor pela primeira vez, fez gol de empate do 2 a 2 pelo Brasileiro de 2005. Até aí, tudo bem. O problema foi ir comemorar, com direito a subir na grade do Raulino de Olveira. Resultado: expulso pelo árbitro Djalma Beltrami. Houve quem dissesse que o ato era provocação aos tricolores (relembre no vídeo acima) .

diego souza, fla-flu (Foto: Editoria de Arte)

- Estava feliz, o time recém saiu da zona (de rebaixamento) e fui comemorar com a minha torcida - justificou.

Não à toa o tema foi recordado nesta segunda passagem dele pelo Flu. Na apresentação oficial. Na última entrevista coletiva. Diego tratou o episódio como passado. Disse que saberia da cobrança desde que assinou o contrato, depois de ser comprado do Metalist à pedido de Eduardo, seu treinador no Sport. E opinou:

- Não tenho de provar mais nada. A minha história é de volta ao Fluminense. É só pegar meu retrospecto em clássicos. Se é favorável ou não com a camisa do Fluminense.

Realmente é. Três vitórias. Uma delas por 4 a 1, na final da Taça Rio de 2005 (veja no vídeo abaixo) . Participou da jogada do gol de Alex. Mas não foi protagonista. O que, realmente, importa é o futuro.

- Espero poder fazer o meu trabalho, ter boa sequência de jogos e de vitórias para fazer o torcedor encher o estádio. Estou bastante tranquilo. Sei que a cobrança em cima de mim é grande - comparou.

Foi o desempenho pelo Sport que fez Diego voltar ao Flu. Eduardo era o treinador, o quis nas Laranjeiras. E pelo rubro-negro pernambucano, o meia teve mais polêmicas, envolvendo o Fla. Vestia a camisa 87 (referência ao título nacional do ano, disputa entre time nordestino e o carioca). E, no confronto no Maracanã, pelo Brasileiro, reclamou da falta de fair play do rival.

diego souza fellype gabriel flamengo 2005 (Foto: Agência Globo) Em 2005, ao lado de Fellype Gabriel e Léo Moura, Diego treina na Gávea (Foto: Agência Globo)
Fonte: Globo Esporte