O título da Libertadores, com vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors na final, consagrou o time sub-20 e foi especial para a torcida do Flamengo. Mas, para um jogador específico, teve ainda um valor simbólico. Rayan Lucas é o único sobrevivente do incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, que participou do torneio. Cinco anos depois, o volante representou os colegas daquele período ao receber a medalha desta conquista inédita para a base rubro-negra.
Rayan foi camisa 5 e titular da equipe treinada por Mário Jorge. Na final, foi um dos principais jogadores da equipe. Tanto por sua participação no sistema defensivo quanto na saída de bola.
A jogada do gol de empate, que abre caminho para a virada, começou em seus pés. Foi Rayan quem deu um belo passe para Lorran fazer o cruzamento para o nigeriano Shola empatar. Já na etapa final, ajudou a formar a retranca em torno da área do goleiro Lucas que segurou a pressão do Boca Juniors.
Aos 19 anos, Rayan já teve, no começo do ano, suas primeiras oportunidades na equipe principal. Ele participou de quatro partidas. No time misto dirigido por Mário Jorge, enfrentou Portuguesa e Nova Iguaçu. Chamou a atenção do técnico Tite, que o relacionou para cinco jogos. Destes, ele saiu do banco para entrar em campo contra Sampaio Correa e Bangu.
O futebol do jogador tem empolgado a diretoria do Flamengo. Em novembro do ano passado, ele assinou novo contrato com o clube. O vínculo, que ia até 2025, agora vai até 2028.