A defesa de Bruno Henrique emitiu uma nota nesta terça-feira (12) solicitando o arquivamento do caso de suspeita de manipulação de apostas que envolve o atacante do Flamengo. Com base em decisões anteriores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), os advogados do atleta pedem a devolução dos bens apreendidos, como celular e computador, que foram confiscados pela Polícia Federal na semana anterior.
Na nota, o advogado de Bruno Henrique destaca o caráter íntegro do jogador e afirma que sua trajetória foi construída com ética e profissionalismo. O pedido de arquivamento foi protocolado no último sábado (9), com o argumento de que a investigação do STJD não identificou qualquer ganho financeiro que justificasse a prática de manipulação por parte do atleta. O tribunal teria classificado os valores das apostas como insignificantes frente aos rendimentos do jogador e aos seus ganhos acumulados na carreira.
A defesa também menciona a análise do STJD sobre o cartão amarelo que Bruno Henrique recebeu durante uma partida contra o Santos. De acordo com o tribunal, seria improvável que o jogador tivesse intencionado manipular o jogo, já que o cartão foi aplicado aos 52 minutos do segundo tempo, o que acarretava o risco de o atleta ser substituído antes desse momento. Esse fator, segundo a defesa, contraria a hipótese de que o cartão tenha sido premeditado para fins de aposta.
Para os advogados de Bruno Henrique, a investigação já provocou danos irreversíveis à imagem do jogador. Na última semana, policiais foram até sua residência para cumprir mandado de busca, e o caso foi amplamente divulgado, incluindo uma visita ao centro de treinamento do Flamengo. Além do jogador, familiares e outros indivíduos, ainda não identificados, estão entre os investigados.
A investigação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro começou após um aumento atípico nas apostas para o cartão que Bruno Henrique recebeu na partida entre Flamengo e Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023. Na ocasião, o atacante foi advertido pelo árbitro Rafael Klein nos acréscimos do segundo tempo e, insatisfeito com a decisão, acabou recebendo um cartão vermelho por reclamação.