A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, protocolou o pedido de arquivamento da investigação sobre manipulação de apostas feita pela Polícia Federal e Ministério Público.
Em nota, os advogados informam que pediram no último sábado a devolução de equipamentos apreendidos na casa do jogador. Na operação, um celular e um computador foram levados.
Veja o comunicado:
O advogado Ricardo Pieri reitera a inocência de Bruno Henrique e alega que nem a PF nem o MP aferiram o método das casas de apostas para que a denúncia tenha sido feita.
"Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e a extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas", diz a defesa.
Logo após o título da Copa do Brasil, neste domingo, o jogador do Flamengo se defendeu das acusações e pediu que a "justiça seja feita".
— Recebi (as notícias) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na Justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre esteve comigo. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol, nunca foi fácil. Nunca foi fácil. Mas Deus sempre foi comigo. Eu estou tranquilo em relação a isso. Com meus advogados, meu empresário, pessoas que estão nessa batalha comigo. Eu só peço que a justiça seja feita — disse Bruno Henrique em entrevista ao SporTV.
A casa de apostas Betano, que recebeu nove apostas máximas em um período de três horas para a possiblidade de Bruno Henrique levar um cartão no lance investigado pela Polícia Federal, se manifestou sobre a suspeita que envolve o atacante do Flamengo.
A empresa, que ativou alerta enviado pela SportsRadar para a Fifa, encaminhado à CBF, esclareceu como funciona o procedimento nesses casos. No relatório, a empresa também informou que 98% do volume de apostas para algum jogador receber um cartão foi depositado em Bruno Henrique.
"Ao detectar qualquer atividade suspeita, e de acordo com nossos processos e aderindo a rigorosos protocolos internacionais em toda a nossa presença multinacional, incluindo o Brasil, nós as reportamos prontamente às autoridades competentes", disse a Betano em comunicado direto da Grécia, sede da empresa.
Ainda de acordo com a Betano, que não cita na nota o caso de Bruno Henrique em específico, é necessário que cada país tenha "estrutura nacional para permitir investigação e resolução rápidas".
– Considerando essa atividade, a Betano suspendeu essa possiblidade um dia antes do início do jogo – diz o relatório da SportRadar enviado para a Fifa