Nos Estados Unidos para disputar o Mundial de Clubes pelo Flamengo , Bruno Henrique voltou a ficar na mira da Justiça, ao ser denunciado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) por fraude esportiva e estelionato . A defesa do jogador, no entanto, age para desqualificar o caso.
Em documento protocolado nesta quinta (12), e ao qual a ESPN teve acesso, os advogados do atacante rubro-negro contestaram a denúncia feita pelo MP do Distrito Federal, que diz que Bruno Henrique agiu de maneira deliberada para receber um cartão amarelo em uma partida contra o Santos , pelo Brasileirão de 2023. Além do jogador, outras oito pessoas foram relacionadas ao mesmo processo.
A denúncia do Ministério Público pede à Justiça o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões e também uma fiança no mesmo valor, a fim de assegurar que Bruno Henrique compareça a todos os autos. A justificativa para pedir um valor alto de fiança, segundo os responsáveis pelo pedido, seria a profissão do jogador, que, por isso, teria liberdade para viajar por compromissos profissionais. Além disso, o MP alegou certo "comportamento contraditório" do jogador durante depoimentos.
Os advogados de Bruno Henrique são contrários a isso e pediram o indeferimento do pedido por conta da ausência de requisitos legais para tal. A alegação da defesa é que o flamenguista é "uma pessoa pública, amplamente conhecida em território nacional e cuja eventual tentativa de evasão seria facilmente identificável e imediatamente noticiada".
Além disso, a defesa ainda argumenta que Bruno Henrique tem vínculo formal e público com o Flamengo até dezembro de 2026, por isso não poderia simplesmente deixar o país. Outro ponto de argumentação é que o calendário do clube em que o atacante joga é divulgado com antecedência, o que facilita o acompanhamento de quem tiver interesse. Todos esses argumentos foram anexados ao processo como tentativa de derrubar a fiança.
Sobre o comportamento do atacante, a defesa também fez questionamentos à denúncia do MPDFT.
"O requerido (Bruno Henrique) jamais apresentou qualquer conduta que indicasse tentativa de se furtar ao regular andamento processual ou de resistir à atuação do Poder Judiciário. A alegação do Ministério Público, nesse ponto, revela-se mera presunção desprovida de qualquer evidência empírica ou fato concreto que justifique a imposição de medida cautelar".
O assunto virou até tema da primeira entrevista do Flamengo nos Estados Unidos. Horas após desembarcar no país para a disputa do Mundial, o diretor executivo José Boto questionou a divulgação da denúncia justamente dias antes do primeiro jogo no país. O Rubro-Negro estreia contra o Esperance na próxima segunda-feira (16), às 22h (de Brasília).
"Quando há uma decisão grande para o Flamengo, há sempre umas notícias. Bruno Henrique é condenado, indiciado ou não sei o que. De fora, me parece estranho, mas não posso opinar. Há sempre um "timing" para certas coisas aparecerem. Garanto que todos os jogadores e profissionais estão focados e motivados. Essa competição não precisa de motivação extra".
Próximos jogos do Flamengo
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Esperance (N): 16/6, 22h (de Brasília) - Mundial de Clubes
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Chelsea (N): 20/6, 15h (de Brasília) - Mundial de Clubes
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LAFC (N): 24/6, 22h (de Brasília) - Mundial de Clubes