Decisivos, Gabigol e Pedro têm estreia como dupla titular e iniciam corrida por entrosamento

A pergunta que os torcedores do Flamengo fazem desde janeiro começou a ser melhor respondida na vitória por 2 a 1 sobre o Boavista, que valeu o título da Taça Guanabara.

Pela primeira vez na temporada, os dois atacantes atuaram juntos desde o início da partida. Uma parceria que começou tímida, mas melhorou ao longo do jogo e culminou no belo gol da virada.

A dupla atuou centralizada no ataque, num 4-2-4 desenhado ainda com Vitinho na ponta direita e Michael, na esquerda. Gabriel tinha mais liberdade para se movimentar e buscar tabelas, enquanto Pedro fazia a referência no ataque.

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No primeiro tempo abaixo da média de todo o time, os dois pouco combinaram. Foi raro ver trocas de passe entre os dois atacantes. Pedro até apareceu em alguns cabeceios, enquanto Gabriel correu muito, mas teve pouco espaço para criar.

Aproximação e gol

O segundo tempo começou diferente. Logo no início, uma tabela entre os dois resultou numa finalização forte de Pedro, que Klever defendeu. Depois, o camisa 21 passou a sair mais da área e buscou lançamentos em profundidade para Gabriel.

Com a dupla se procurando mais, o gol ficou mais próximo. Ele veio com participação luxuosa de Everton Ribeiro, que acionou Pedro. O camisa 21 deu de calcanhar para Gabriel garantir a vitória do Flamengo.

Além da importância do gol, a jogada reforçou os excelentes números da dupla na temporada. Gabriel chegou a cinco gols em cinco jogos; Pedro mantém a média de uma participação em gol por partida pelo Flamengo.

Jorge Jesus ainda vê margem de evolução para Pedro

Apesar da combinação decisiva da dupla, Jorge Jesus ainda vê em Bruno Henrique um parceiro melhor para Gabriel. O técnico ressaltou que o entrosamento dos titulares é maior, pelo longo tempo em que atuam juntos.

- O Bruno Henrique e o Gabriel se conhecem desde o Santos. O Pedro ainda está chegando, está conhecendo o Gabi. Mas são jogadores com características diferentes. Bruno Henrique se completa muito melhor com o Gabi - analisou o Mister.

Jesus ainda crê que precisará trabalhar mais com Pedro para mudar suas características. Ele não quer o camisa 21 atuando tanto de costas para o gol, algo comum e até valorizado no futebol brasileiro.

- Vamos mudar sua forma de jogar. Ele foi habituado a jogar de costas para a baliza, e avançado que joga muito assim não dá muita dinâmica à equipe, que é aquilo que nós queremos - completou o Mister.

Comemoração conjunta

Se em campo Gabriel e Pedro ainda precisam se entender mais, fora de campo o relacionamento é próximo. Na volta olímpica após o título, os dois estiveram sempre por perto e trocaram a Taça Guanabara de mãos a todo momento.