Na ausência do Maracanã, o Flamengo elegeu Brasília e Volta
Redonda como suas sedes no Campeonato Brasileiro. Mas nem bem a primeira metade
da competição chegou ao fim, o panorama deve mudar radicalmente. Tudo por causa
de uma nova paixão: o Espírito Santo. O Estádio Kleber Andrade, em Cariacica
(Região Metropolitana de Vitória), pode ser o palco dos últimos dois jogos da
equipe no primeiro turno. Além disso, o duelo contra o Atlético-MG, neste
domingo, deve ser a despedida rubro-negra do Distrito Federal.
A opção de descartar Volta Redonda é óbvia: baixo público e
prejuízo financeiro. As três partidas do Flamengo na cidade neste Brasileiro
(contra Sport, Chapecoense e Vitória) tiveram média de público de 6.083
torcedores presentes. A renda total foi negativa em pouco mais de R$ 80 mil.
Assim, o clube negocia para levar os jogos contra América-MG (dia 25/07) e
Atlético-PR (06/08) para outra praça, e o Espírito Santo desponta como
favorito.
O comportamento do público capixaba na vitória por 1 a 0
sobre o Internacional impressionou o Flamengo, dirigentes e jogadores. Além do
estádio superlotado, o que se viu foi uma torcida animada e participativa. A
cota de R$ 600 mil pela partida também mostrou-se atrativa, e todos esses
fatores fizeram com que os dirigentes passassem a considerar o Espírito Santo
como casa rubro-negra na sequência do Brasileiro. O Maracanã estará disponível apenas no fim de outubro.
Isso se somou ao fato de Brasília não ter representado um
ganho técnico para o Flamengo, apesar de ser um palco de Copa do Mundo. Em seus
quatro jogos no Mané Garrincha como mandante em 2016, o clube acumulou quase R$
2 milhões em cotas, mas o time teve apenas três
empates (Figueirense, Vasco e São Paulo) e uma derrota (Palmeiras). A média de público de
15.355 presentes é considerada baixa, tendo em vista que o estádio comporta 55
mil torcedores.
Por conta disso, o Flamengo cogita tirar de
Brasília os jogos do segundo turno contra Grêmio (21ª rodada) e Cruzeiro (27ª).
Mas por enquanto o clube ainda prefere esperar a partida contra o Atlético-MG e
observar o público, no que diz respeito a quantidade, empolgação e
comportamento. Vale lembrar que o Rubro-Negro jogou no Espírito Santo contra o
Internacional justamente para cumprir uma punição pela briga de torcidas
organizadas dentro do Estádio Mané Garrincha no duelo contra o Palmeiras.