Desde que chegou ao Flamengo, Rogério Ceni convive com um questionamento vindo de grande parte da torcida: por que não escalar Pedro e Gabigol juntos no ataque? Na última temporada, o treinador alegou pouco tempo de treinamento e praticamente não utilizou os atacantes ao mesmo tempo. No entanto, na temporada atual, a situação parece ter mudado e pode se tornar uma arma para o Rubro-Negro em determinadas ocasiões.
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Até o momento na temporada 2021, Pedro e Gabigol estiveram na mesma relação em apenas três partidas, justamente as últimas: contra Vélez Sarsfield, Volta Redonda e Unión La Calera. E, em todas elas, os atacantes tiveram oportunidade de dividir o gramado por pelo menos alguns minutos.
Além de satisfazer o desejo da torcida, essa opção de Rogério Ceni indica uma tentativa de testar novas variações táticas para o Flamengo. Com um estilo de jogo propositivo e com o objetivo de "amassar" os adversários no campo de ataque, a equipe rubro-negra se acostumou a enfrentar times com defesas compactas e que jogam de maneira reativa.
Nesse contexto, é importante ter mais de uma forma de encontrar espaços no sistema ofensivo. Com dois goleadores em campo, a defesa adversária deve redobrar a atenção e, em muitas situações, têm que jogar no limite, sem espaço para erros.
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Contra o Vélez Sarsfield, na última semana, Pedro entrou no lugar de Bruno Henrique aos 43' do segundo tempo, quando o Flamengo já ganhava por 3 a 2. Nos oito minutos em campo (ao lado de Gabigol), o camisa 21 teve uma boa oportunidade, mas parou no goleiro adversário.
No jogo seguinte, no sábado, Pedro e Gabigol foram titulares pela primeira vez com Rogério Ceni diante do Volta Redonda, pela Taça Guanabara. Apesar de demonstrar sintonia em alguns lances durante os 80 minutos em que atuaram juntos, a dupla encontrou dificuldades em encontrar espaços na aglomeração provocada pela defesa do Voltaço dentro da área.
Contra o Unión La Calera, nesta terça-feira, foram apenas 11 minutos da dupla em ação, mas o resultado do teste foi positivo. Pedro entrou aos 38' da etapa final e, no minuto seguinte, marcou um golaço para completar a goleada de 4 a 1 do Flamengo na Libertadores. Vale lembrar que, antes do companheiro entrar, Gabigol já havia marcado duas vezes.
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Em coletiva após a partida, Rogério Ceni explicou a opção por testar os dois juntos e ainda revelou os impactos dessa decisão no restante do time. Uma das preocupações do treinador continua sendo a recomposição pelos lados que, segundo ele, ainda carecem a Pedro e Gabigol.
- Jogos como hoje, com dois homens centralizados, Gabriel com maior movimentação e tentamos dar força ao lado com Vitinho, com Michael... Aí o Gerson funciona mais como jogador para pifar. Foi assim no jogo passado, hoje com jogadores velozes e descansados do lado para cumprir essa recomposição que ainda falta a eles - disse Rogério Ceni, em coletiva de imprensa.
Entre ganhos e perdas com essa decisão, Ceni indica a procura por novas formas de superar as defesas adversárias e manter vivo o poderio ofensivo do Flamengo. Entre treinos no Ninho do Urubu e testes nos jogos, o treinador revela novas ideias e variações para dificultar o trabalho dos rivais.
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O próximo desafio do Flamengo será no sábado, novamente contra Volta Redonda, mas agora pelo jogo de ida da semifinal do Carioca. A partida será disputada no Raulino de Oliveira, às 21h05 (de Brasília), e terá transmissão em Tempo Real do
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