De la Cruz vai para o seu primeiro clássico no Flamengo; veja como o meia se saiu nos jogos River x Boca

Em seu quarto jogo pelo Flamengo , De La Cruz já vai estrear em clássicos com a camisa rubro-negra. Primeiro e principal reforço do clube para 2024, o meia uruguaio é uma das armas do técnico Tite para superar o arquirrival Vasco neste domingo, às 19h (de Brasília), no Maracanã, pela sexta rodada do Campeonato Carioca. A partida terá transmissão do Sportv e Premiere para todo o país .

De la Cruz ainda não fez gol ou deu assistência, mesmo assim talvez seja o maior destaque do Flamengo neste início de temporada junto de Everton Cebolinha. Com movimentação constante, ele vem dando muita opção no ataque (deu a pré-assistência para o gol de Pedro contra o Orlando City e cobrou a falta do gol de Bruno Henrique no rebote diante do Sampaio Corrêa). E vem dando conta do recado também na marcação, se sobressaindo nos desarmes. Mas como será que ele vai reagir psicologicamente no seu primeiro clássico e com o Maracanã cheio?

O ge levantou o histórico do jogador nos superclássicos entre River Plate e Boca Juniors na Argentina. Vestindo a camisa dos Millonários, De la Cruz travou duelos de grande equilíbrio entre 2017 e 2023. Ao todo, foram 12 jogos com quatro vitórias do uruguaio, quatro derrotas e mais quatro empates . Ele nunca fez gol nos Xeneizes, mas já deu uma assistência para um golaço.

Rojo acerta De la Cruz com uma voadora na Bombonera num superclássico em 2022 — Foto: AFP

A estreia do uruguaio no superclássico foi em novembro de 2017, poucos meses após ser contratado pelo River. Ele ainda era reserva e entrou no segundo tempo no lugar de Ariel Rojas, quando a equipe perdia por 1 a 0. Com 29 minutos em campo, ele deu um chute que tirou tinta da trave; cobrou uma falta que obrigou boa defesa de Rossi (ele mesmo, hoje goleiro do Flamengo ), e deu uma assistência para Ponzio empatar com uma bomba no ângulo. Mas o Boca marcou o segundo gol e impôs a primeira derrota de De la Cruz no duelo, no Monumental de Núñez.

O uruguaio, que passou boa parte de 2018 lesionado, inclusive na final da Libertadores contra o Boca, só voltou a jogar um superclássico quase dois anos depois. Já como titular, De la Cruz deu trabalho, sofreu faltas perigosas e parou em boa defesa de Andrada em uma bomba da entrada da área. Quase deu uma assistência para Martínez após uma ajeitada de cabeça, mas o companheiro isolou. Apesar dos esforços, não conseguiu tirar o zero do placar no Monumental de Núñez.

Nicolas de la Cruz em River Plate x Boca Juniors em 2019 — Foto: Reuters

A primeira vitória do uruguaio no superclássico teve peso: foi no jogo de ida da semifinal da Libertadores de 2019. Jogando no Monumental de Núñez, o River foi para cima desde o início e contou com De la Cruz inspirado. Ele obrigou o goleiro Andrada a fazer duas grandes defesas, uma com a bola rolando e outra em cobrança de falta. Em um chute cruzado, assustou em uma bola que a zaga afastou mal e raspou a trave. Mas não fez falta, e os Millonários ganharam por 2 a 0.

De la Cruz comemora a classificação na Bombonera — Foto: REUTERS/Pablo Stefanec

O jogo de volta daquela semifinal reservou a segunda derrota do uruguaio no superclássico, mas ele saiu comemorando. Jogando pela primeira vez na Bombonera, ficou mais preso à marcação e ajudou o River a segurar a pressão. Tentou puxar alguns contra-ataques em vão. O placar adverso de 1 a 0 não foi suficiente para o Boca, e o River avançou para aquela inesquecível final contra o Flamengo .

O segundo empate no superclássico aconteceu na época da pandemia da Covid-19. Jogando na Bombonera com portões fechados, o River arrancou uma virada em três minutos no segundo tempo, mas o Boca evitou a derrota com um gol no fim. De la Cruz teve atuação discreta na partida, que teve uma expulsão de cada lado.

De la Cruz foi discreto em clássico com duas expulsões na Bomboera em 2021 — Foto: Marcelo Endelli/EFE

Novamente com portões fechados, o uruguaio empatou outra vez com o Boca em jogo na Bombonera, desta vez por 1 a 1. E De la Cruz voltou a ser bastante participativo: quase fez um golaço por cobertura em Andrada, mas Lisandro López salvou em cima da linha; por pouco não deu assistência para Paulo Díaz, que perdeu boa chance num escanteio; e foi caçado em campo, sofrendo até uma agressão do zagueiro Zambrano, que deixou o braço em seu rosto e tomou só amarelo.

O último empate do uruguaio no superclássico teve sabor de derrota. Jogando no Estádio Único de La Plata, De la Cruz voltou a ter uma atuação discreta. Apesar do River ter dominado a partida, o Boca segurou o 0 a 0 e levou a melhor nos pênaltis com o goleiro Rossi pegando uma cobrança e classificando o time para as quartas de final da Copa Argentina. Os Millonários só converteram um, e o meia, que provavelmente seria o último, nem teve a oportunidade de bater.

O uruguaio voltou a levar a melhor no retorno do superclássico para o Monumental de Núñez e na volta do público ao duelo. E foi um jogo quente, com um jogador expulso do Boca (Rojo) e bate boca áspero de De la Cruz com o volante Campuzano. O meia deu alguns bons dribles, mas não participou dos gols.

De la Cruz conheceu sua terceira derrota no superclássico em jogo pela Copa da Liga Argentina no Monumental de Núñez. O uruguaio, que sofreu entrada dura do peruano Advíncula, viu seus companheiros pararem no goleiro Rossi e o zagueiro González Pírez falhar feio no gol da vitória do Boca. Ele acabou substituído no meio do segundo tempo.

A quarta e última derrota do uruguaio no superclássico aconteceu na Bombonera. Em jogo do Campeonato Argentino de 2022, De la Cruz teve atuação discreta e viu o River perder por 1 a 0. Nos minutos finais, ele tomou uma voadora de Rojo, que foi expulso, mas o Boca segurou a vitória.

Monumental de Nuñez lotado em clássico River Plate x Boca Juniors em 2023 — Foto: Getty Images

De la Cruz venceu o seu terceiro superclássico no ano passado. Jogando no Monumental de Nuñez lotado com 84.500 pessoas, o uruguaio teve boa atuação: quase fez um golaço em bomba que o goleiro Romero fez milagre; por pouco não deu uma assistência para Barco e ainda perdeu uma boa chance de cabeça. Mesmo assim, o River ganhou com um gol de pênalti nos acréscimos, e a partida terminou com uma confusão generalizada em campo.

O último superclássico de De la Cruz também terminou com vitória. Jogando dentro da Bombonera, o uruguaio distribuiu bem o jogo com bons passes e lançamentos: deu boa bola para Rondón na área, mas o companheiro não conseguiu finalizar; também deixou Barco na cara do gol, só que ele chutou para fora. Mas não fez falta, e o River venceu por 2 a 0.

De la Cruz em ação em seu último superclássico em 2023 — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

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Fonte: Globo Esporte