Mais tradicional competição das categorias de base no Brasil, a Copa São Paulo de Futebol Júnior começa a ser disputada em sua 55ª edição nesta quinta-feira (02). São 128 clubes em 32 grupos que iniciam o sonho pela taça no dia 25 de janeiro, dia do aniversário da cidade de São Paulo.

A grande decisão está marcada para retornar ao Estádio do Pacaembu.

Mas, antes de bola rolar na Copinha de 2025, a ESPN passa um “pente fino” pelos jovens que encantaram e terminaram a competição como como craques neste século. Você lembra de todos?

2001: Juan (São Paulo)

Sócio desde garoto do São Paulo , o então meia Juan começou no futsal antes de fazer toda a base no campo. Após atuar ao lado de Kaká na equipe vice-campeã da Copa São Paulo de Futebol Jr. de 2001, que perdeu nos pênaltis para o Roma Barueri, ele passou por um período de testes no Arsenal .

Aos 19 anos, Juan foi aprovado e contratado por 350 mil libras (R$ 1,8 milhão) pelo clube inglês, que à época era treinado por Arsène Wegner, sendo campeão da Premier League na temporada 2001/02.

Aposentado de 2019, Juan teve sua principal passagem no Brasil como lateral-esquerdo do Flamengo (2006 a 2010), conquistando Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e três títulos do Campeonato Carioca.

2002: Robinho (Santos)

Apontado como uma das grandes revelações da história do Santos , Robinho confirmou em campo o que prometia na base: bicampeão brasileiro (2002 e 2004) e paulista (2010 e 2015), o atacante ainda faturou uma Copa do Brasil (2010) pelo clube.

Vendido ao Real Madrid, Robinho ainda fez sucesso com a camisa do Milan e da seleção brasileira , disputando duas Copas do Mundo.

Aposentado desde 2022, ele cumpre pena de nove anos de prisão por estupro coletivo de uma jovem albanesa em 2013, na Itália.

2003: Vagner Love (Palmeiras)

Promessa do Palmeiras após uma Copinha marcada por polêmica, Vagner Love ajudou o clube a retornar à elite nacional antes de seguir para o CSKA Moscou , da Rússia. O atacante marcou nome no Brasil, no entanto, em outros dois clubes: Flamengo e Corinthians.

Bicampeão da Copa América (2004 e 2007) pela seleção brasileira, Love jogou ao lado de Kylian Mbappé no Monaco . Ele terminou a temporada de 2024 atuando pelo Avaí, na Série B.

2004: Jô (Corinthians)

Promovido definitivamente ao time profissional do Corinthians após a Copinha, Jô conquistou o Campeonato Brasileiro de 2005 antes de seguir para a Europa, CSKA Moscou, Manchester City , Everton e Galatasaray .

Campeão da Libertadores de 2013 e de outros quatro títulos com o Atlético-MG, ainda teve outras duas passagens pelo Parque São Jorge. Faturou o título e foi o artilheiro do Brasileirão de 2017. Atualmente defende o Itabirito, em Minas Gerais.

2005: Thiago Neves (Paraná)

Sensação da Copinha de 2005, Thiago Neves deixou o Paraná ainda jovem para defender o Vegalta Sendai, do Japão. No Brasil, no entanto, o meia marcou história com as camisas de Fluminense e Cruzeiro .

Campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão nas Laranjeiras, o meia ainda esteve em outras duas conquistas do principal mata-mata do país com a Raposa nas temporadas 2017 e 2018.

Thiago anunciou aposentadoria em outubro de 2023 durante uma entrevista no programa Bola da Vez, da ESPN .

2006: Keirrison (Coritiba)

Vice-artilheiro da Copa São Paulo de 2006, Keirrison foi promovido logo em seguida ao time principal do Coritiba , saindo em 2009 para o Palmeiras. O atacante acabou negociado ainda no mesmo ano com o Barcelona , onde não chegou sequer a estrear.

Keirrison passou por Benfica e Fiorentina por empréstimo antes de ser também emprestado a Santos e Cruzeiro no Brasil. Ele não atua profissionalmente desde 2018.

2007: Breno (São Paulo)

Vice-campeão da Copa São Paulo de 2007, Breno foi promovido em seguida ao time profissional do São Paulo e fez a estreia no time de cima aos 17 anos. O jovem foi destaque no time que conquistou o Brasileirão naquele mesmo ano, quando foi eleito como revelação.

Negociado com o Bayern de Munique, o zagueiro enfrentou problemas pessoais após graves lesões e chegou até a ser preso por dois anos e nove meses por ter incendiado a própria casa em 2011.

Voltou ao São Paulo em 2015 e ainda passou pelo Vasco no futebol brasileiro. Breno não atua profissionalmente desde 2018.

2008: Ganso (Santos)

Sensação da Copinha, Ganso foi promovido ao elenco principal do Santos no mesmo ano. Ao lado de Neymar, foi peça-chave para o Peixe dominar o cenário nacional com a conquista da Libertadores de 2011, além de uma Copa do Brasil, uma Recopa e três Paulistas.

Após uma passagem sem tanto brilho pela Europa, voltou ao Brasil para defender o São Paulo, e desde 2019 atua pelo Fluminense, onde faturou novamente o título da Libertadores. O meia tem contrato com o Tricolor até dezembro de 2025.

2009: Santos (Athletico-PR)

Vice-campeão da Copinha em 2009, o goleiro Santos foi mais uma joia a ganhar espaço depois de se destacar na competição de base. Após uma década defendendo o Athletico , onde conquistou uma Copa do Brasil e duas Sul-Americanas, o goleiro se transferiu em 2022 para o Flamengo, onde se sagrou campeão da Libertadores.

O arqueiro, que hoje defende o Fortaleza , conquistou a medalha de ouro olímpica com o Brasil nos Jogos de Tóquio.

2010: Lucas Moura (São Paulo)

Campeão da Copinha, Lucas chegou ao time principal do São Paulo e fez a estreia em agosto daquele mesmo ano. Foi peça fundamental para o time conquistar a Copa Sul-Americana em 2012, seu último ato antes de seguir para o PSG em 2013.

Multicampeão na França, o meia-atacante ainda passou pelo Tottenham antes de retornar ao São Paulo em 2023, sendo novamente destaque para o título da Copa do Brasil em 2023.

Lucas Moura ainda faturou a Copa das Confederações em 2013 com a seleção brasileira.

2011: Negueba (Flamengo)

Destaque na base do Flamengo, Negueba teve problemas para manter no time profissional o mesmo nível de desempenho. Após ser emprestado ao São Paulo, passou ainda por Coritiba, Grêmio , Atlético-GO e Ponte Preta antes de deixar o país rumo ao futebol da Coreia do Sul, em 2018.

Atualmente defende o Lamphun Warrior FC, da Tailândia.

2012: Marcos Júnior (Fluminense)

Promovido após a Copinha, Marcos Júnior fez parte do elenco do Fluminense que conquistou o título do Brasileirão de 2012. Desde 2019 no futebol japonês, o atacante de agora 31 anos defende agora o Sanfrecce Hiroshima.

2013: Leandrinho (Santos)

Campeão da Copa São Paulo, Leandrinho foi promovido ao elenco principal do Santos e esteve presente em conquistas como a Recopa Sul-Americana de 2012 e o bicampeonato paulista em 2015 e 2016.

Passou por Rio Ave e Vitória de Setúbal antes de voltar ao Brasil em 2020 para atuar no Avaí. Atualmente defende o Al Janda, da Arábia Saudita.

2014: Lucas Otávio (Santos)

Melhor jogador da Copinha em 2014, Lucas Otávio não conseguiu confirmar em campo toda a expectativa em torno de seu futebol. Após empréstimos, anunciou a aposentadoria ainda aos 26 anos, em 2019. Atualmente é empresário de atletas de futebol.

2015: Gabriel Jesus (Palmeiras)

Mesmo sem ter chegado à final da Copinha, Gabriel Jesus se tornou fundamental no elenco profissional do Palmeiras após o fim da competição. Promovido por Oswaldo de Oliveira, teve papel marcante nas conquistas da Copa do Brasil de 2015 e do Brasileirão de 2016 antes de ser vendido ao Manchester City.

Multicampeão sob o comando de Pep Guardiola, defende desde 2022 o Arsenal .

Gabriel Jesus atuou na seleção brasileira em duas Copas do Mundo, mas sem gols marcados.

2016: Felipe Vizeu (Flamengo)

Destaque do Flamengo na conquista da Copinha de 2016, Felipe Vizeu fez parte do time do Rubro-Negro que conquistou o título do Carioca em 2017. Foi negociado no ano seguinte com a Udinese, da Itália, mas acabou emprestado a Grêmio, Ceará e Yokohama FC.

Defendeu o Criciúma no Brasileirão de 2024, e em 2025 atuará pelo Remo.

2017: Pedrinho (Corinthians)

Destaque no time do Corinthians que conquistou o título da Copinha, Pedrinho fez sua estreia oficial como profissional ainda em 2017, fazendo parte do título do time no Brasileirão daquele ano. O meia-atacante ainda faturou um tricampeonato paulista antes de ser negociado com o Benfica, em 2020.

Em 2021 assinou com o Shakhtar Donetsk , e atuou por empréstimo no Atlético-MG entre 2022 e 2023.

2018: Liziero (São Paulo)

Vice-campeão com o São Paulo, o meio-campista Liziero esteve no elenco que conquistou o título do Paulistão de 2021. Atuou no Brasil por empréstimos no Internacional e no Coritiba.

O vínculo no Morumbi chegou ao fim em 31 de dezembro.

2019: Antony (São Paulo)

Campeão da Copinha de 2019, Antony foi promovido ao elenco principal do São Paulo e pouco tempo depois acabou negociado com o Ajax , da Holanda. Destaque no clube, foi vendido em agosto de 2022 ao Manchester United na maior transferência da história do futebol holandês.

2020: Praxedes (Internacional)

Destaque no título do Internacional na Copinha de 2020 diante do rival Grêmio, Praxedes fez sua estreia no time principal meses depois, no Campeonato Gaúcho.

O meia foi negociado em 2021 com o Red Bull Bragantino , e ainda passou por Vasco da Gama e Athletico-PR por empréstimo.

2021: Não houve por conta da COVID-19*

2022: Endrick (Palmeiras)

Maior venda da história do futebol brasileiro, Endrick confirmou em campo a expectativa que gerou pelas atuações nas categorias de base do Palmeiras.

Convocado para a seleção brasileira em 2023, aos 17 anos, o atacante é agora jogador do Real Madrid após uma transferência que pode render até 72 milhões de euros aos cofres do Verdão.

2023: Kevin (Palmeiras)

Campeão com o Palmeiras, passou a integrar o elenco principal após ser o destaque da Copinha de 2023 com cinco gols e somar cinco assistências em oito partidas.

Ainda conquistou o título do Brasileirão de 2023 antes de ser negociado com o Shakhtar Donetsk, em janeiro de 2024.

2024: Breno Bidon (Corinthians)

Craque e campeão da Copinha, Breno Bidon terminou a temporada de 2024 como uma grande joia do Corinthians. Titular sob o comando de Ramón Díaz, o meio-campista entrou na mira de times como o Barcelona .

O jovem tem contrato com o clube até 2028 e multa de 50 milhões de euros para o mercado internacional.