De carro alvejado a filho treinador: veja sete curiosidades sobre José Boto, do Flamengo

Enquanto o Flamengo ainda não ataca o mercado atrás de reforços, a principal novidade do clube nessa janela é José Boto. O novo diretor de futebol rubro-negro chegou ao Rio de Janeiro no sábado para acelerar o planejamento de 2025. Antes da primeira entrevista coletiva do dirigente na segunda-feira, o ge apresenta algumas curiosidades sobre o português de 58 anos.

Boto mostra camisa do Flamengo com seu nome para as câmeras na chegada — Foto: Marcelo Cortes / CRF

Antes de chegar ao Flamengo , Boto estava no Osijek, da Croácia, e lá ele viveu talvez a situação mais inusitada da carreira. Em maio deste ano, o carro do português foi alvejado por sete tiros próximo de sua casa. Porém, o diretor estava em Portugal na época e, por sorte, não houve feridos. A imprensa local atribuiu a autoria do crime à máfia, e acredita-se que foi uma represália à demissão do treinador e de outros seis funcionários. O clube e uma torcida organizada manifestaram apoio ao dirigente.

Torcida do Osijek com cartaz em apoio a Boto após atentado — Foto: Divulgação / Osijek

Poucos viram, afinal não há imagens dessa época na internet, mas Boto já foi técnico no início da carreira. Ele treinou o Loures, time de sua cidade natal em Portugal, entre 1996 e 1997, e também o Sacavenense em duas passagens, entre 1997 e 2001 e entre 2004 e 2006. Depois de mudar de área, o diretor não tem mais vontade de voltar a ser treinador, mas ele considera que a experiência o ajudou a entender melhor os treinadores e como escolhê-los para contratar.

Boto não quis continuar a carreira como técnico, mas um de seus filhos está seguindo a profissão. Pedro Boto, de só 23 anos, faz o curso de treinador UEFA C e já teve experiência no sub-12 do Alta de Lisboa, na comissão técnica do sub-19 do Loures, clube onde o pai começou, e desde fevereiro deste ano assumiu a equipe sub-16 do próprio Loures.

Pedro Boto, filho de José Boto, é técnico do Loures Sub-16 — Foto: Divulgação

Boto tem como marca de seu trabalho como diretor e scout a capacidade de achar talentos precoces no mercado que depois se valorizaram e foram vendidos por muitos milhões . Mas o português também revelou jogadores de destaque. No Benfica, por exemplo, participou do processo de transição de garotos como Bernardo Silva (Manchester City), João Félix (Chelsea) e João Cancelo (Al Hilal).

Também no Benfica, Boto trabalhou com um dos grandes ídolos do Flamengo : o técnico Jorge Jesus. E lá eles fizeram uma parceria de sucesso. Juntos, conquistaram 10 títulos: três Campeonatos Portugueses (2009-10/2013–14/2014–15), uma Taça de Portugal (2013–14), cinco Taças da Liga (2009–10/2010–11/2011–12/2013–14/2014–15) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2014).

Jorge Jesus celebrando o título português da temporada 2009/2010 — Foto: Divulgação / SL Benfica

A dupla Boto & Jesus ainda bateu duas vezes na trave de um título europeu: eles foram vice-campeões da Liga Europa em 2012-13 e em 2013-14, em trabalhos marcados em Portugal pela aposta em estrangeiros. Na primeira final, contra o Chelsea, só havia um português titular no Benfica: o lateral-direito André Almeida. O resto do time tinha dois brasileiros, quatro argentinos, dois paraguaios, um sérvio e um espanhol.

Em 2016, quando o craque brasileiro ainda era estrela do Barcelona, Boto postou uma foto do filho Gonçalo com Neymar e brincou na legenda: "Gonçalo a ensiná-lo a soltar a bola ❤️😜⚽". Apesar da zoeira em tom de alfinetada, o diretor é um admirador do talento do astro e já o citou como referência técnica em uma entrevista ao site Footure em 2020: "Os brasileiros querem imitar o Neymar, e os jovens do Uruguai querem imitar o Suárez. O fato de você ter um quadro de referências mais técnico, mais criativo, é igualmente muito importante ou tão importante como é jogar na rua".

Boto brincou com Neymar no Instagram em 2016 — Foto: Reprodução / Instagram

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Fonte: Globo Esporte