Em apenas uma semana, Danilo chegou ao Flamengo, fez sua estreia com a camisa rubro-negra e já ergueu seu primeiro troféu: a Supercopa do Brasil. O zagueiro de 33 anos entrou no lugar de Léo Pereira nos minutos finais da vitória por 3 a 1 contra o Botafogo, na tarde deste domingo, no Mangueirão, em Belém. Em entrevista ao Troca de Passes após o jogo, o experiente defensor, com passagens vitoriosas por grandes clubes europeus, não escondeu sua emoção com o título inédito e compartilhou suas impressões após uma conversa com Bruno Henrique.
— É incrível, incrível chegar e ganhar pelo clube do meu coração. Agradeço ao elenco, ao Bruno Henrique, ao Filipe (Luís)... Me deram a oportunidade de vencer um troféu inédito na minha carreira em tão pouco tempo. Tive uma conversa rápida com o Bruno Henrique no final do jogo, você vê o comportamento dele durante o jogo e entende por que esse time ganhou tanto, e porque continua sempre pronto para vencer. Porque tem um comportamento de querer mais, que não diferencia dos outros jogadores que são mais jovens. Ao contrário, dá o exemplo, corre, se dedica, sempre com humildade. Essa é uma grande explicação de por que o Flamengo está há tanto tempo vencendo ou tão perto de vencer.
Após mais de uma década jogando em clubes de renome na Europa, como Porto (Portugal), Real Madrid (Espanha), Manchester City (Inglaterra) e Juventus (Itália), Danilo fez questão de destacar a evolução do futebol brasileiro.
— Eu acho que o futebol brasileiro vai sempre seguir essa crescente a partir do momento que tiver espaço para treinadores jovens e ambiciosos assim como o Filipe, que sabe que tem que evoluir muito ainda, mas tem uma mentalidade vencedora, de trabalhar sempre da mesma maneira todos os dias e não se contentar nunca. Em termos de estrutura, eu fiquei muito surpreso com aquilo que o Flamengo oferece. Em termos de mentalidade também dos atletas. Creio que o futebol brasileiro está melhorando realmente muito.
— E tem outro componente, eu diria dois que é muito difícil explicar para quem está lá fora: a qualidade técnica do jogador brasileiro. Outro dia a gente treinou no campo do Remo, que estava mais ou menos, e eu vi o Matheus Gonçalves e os meninos com uma qualidade para tratar a bola, incrível e difícil de ter. E depois o calor humano, que é uma coisa que a gente não consegue explicar para quem está lá fora.