Da foto aos gols: fã desde criança de Adriano, Pedro busca artilharia que o ídolo não teve no Flamengo

Com 26 anos, Pedro obviamente não é da turma de João Miguel, aluno com metade da sua idade que nesta semana citou Adriano como imperador do Brasil na aula de história na escola . Mas o camisa 9 do Flamengo também tem o Imperador como ídolo desde criança.

Em recente entrevista à FlaTV, canal oficial do clube no YouTube, o atacante revelou que sempre se inspirou no camisa 10 do hexacampeonato brasileiro , carinhosamente chamado de Didico. Mas pouca gente sabe que essa admiração vem quase de berço e está ilustrada em uma foto guardada até hoje.

Pedro tinha mais ou menos a idade de João Miguel quando jogava futsal na Gávea. Na época, os jogadores profissionais treinavam na sede do clube, e Adriano havia acabado de voltar da Itália para jogar no Flamengo . Certa vez ao vê-lo por lá, o garoto deu uma de zagueiro e marcou o Imperador até conseguir a tão esperada foto numa época que não tinha a facilidade dos smartphones.

Pedro em foto criança com Adriano no Flamengo — Foto: Arquivo Pessoal

- Ele ficou super empolgado com essa foto porque na verdade foi uma regravação desse encontro. A primeira vez que o Pedro encontrou o Imperador foi em um aniversário do Flamengo , e minha mãe de tão empolgada vendo a empolgação do Pedro colocou o dedo na metade do rosto do Adriano. Naquela época a câmera era de filme, quando saiu a revelação da foto e o Pedro viu que não aparecia o rosto do Imperador, ele chorava demais - contou Thaísa Abreu, irmã de Pedro ao ge.

- Depois que ele finalmente conseguiu essa foto inteira com o Imperador, a empolgação foi ainda maior porque dessa vez ele também era jogador do Flamengo . Ele ficou super feliz porque tinha o Imperador como um ídolo: jogava no videogame com ele, via ele na Seleção, na Inter de Milão… - complementou Thaísa.

Pedro ao lado de sua irmã Thaísa após título da Libertadores do Flamengo em 2022 — Foto: Divulgação

Pedro não ficou muito tempo no futsal do Flamengo e acabou dispensado por ser considerado baixo e franzino. Mas continuou torcendo pelo clube e cresceu assistindo aos gols do Imperador.

Assim como Adriano, ele deixou o clube jovem e voltou para fazer sucesso. Hoje, 12 anos depois da última passagem do Didico pelo Flamengo , o camisa 9 já tem mais que o dobro de gols de seu ídolo com a camisa rubro-negra: 115 contra 46. E neste Campeonato Carioca pode buscar uma artilharia que faltou para o Imperador.

Pedro e Adriano Imperador, artilheiros do Flamengo — Foto: Infoesporte

Adriano foi campeão e artilheiro do Brasileirão de 2009 com 19 gols (empatado com Diego Tardelli, do Atlético-MG). No Carioca de 2010, marcou 11 vezes, mas ficou atrás de seu companheiro de ataque rubro-negro, Vagner Love, com 14.

Por sua vez, Pedro já foi artilheiro do Carioca, mas quando jogava pelo Fluminense: com sete gols em 2018. Pelo Flamengo , o camisa 9 foi o goleador da Libertadores (12 gols) e do Mundial de Clubes (4 gols) em 2022, e da Copa do Brasil (5 gols) de 2023. Em 2024, ele atualmente divide a artilharia do estadual com Carlinhos, do Nova Iguaçu, com oito bolas na rede.

Pedro terá a chance de se isolar na artilharia neste sábado, às 21h (de Brasília), no primeiro Fla-Flu da semifinal do Carioca. E o camisa 9 pode se inspirar mais uma vez no Imperador para o clássico.

Adriano faz dois gols em vitória rubro-negra no Fla-Flu — Foto: Reprodução SporTV

Ídolo de Pedro, Adriano tem cinco gols em Fla-Flus e os distribuiu em dois jogos inesquecíveis para a torcida rubro-negra. O primeiro foi na arrancada que levou o Flamengo ao hexacampeonato brasileiro. Em 4 de outubro de 2009, já com o título de Imperador, ele fez os dois do jogo. Àquela altura, o time de Andrade ainda estava a quatro pontos do G-4.

O outro jogo histórico deu-se em 31 de janeiro do ano seguinte. Numa partida em que o Fluminense abriu 3 a 1, Adriano deu show ao lado de Vagner Love, e o Flamengo virou para 5 a 3 (veja no vídeo abaixo) .

Em sua primeira passagem pelo clube, apesar da pouca idade, foi titular em dois empates com o Flu: um por 0 a 0, em 2000, e outro por 1 a 1, em março do ano seguinte. Neste último, sagrou-se campeão da Taça Guanabara após vitória nos pênaltis.

Em 2009, Adriano ainda enfrentou o Fluminense no primeiro turno, e o empate por 0 a 0 ficou marcado pelos cascudos que ele deu na própria cabeça ao desperdiçar oportunidades.

Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv

Fonte: Globo Esporte