O choque cultural é inevitável, e Jorge Jesus faz questão de entender minuciosamente como tudo acontece no Flamengo. Mais do que as questões técnicas e táticas, o treinador buscou informações do cotidiano do Ninho do Urubu. E é aí que fica evidente o contraste Europa x Brasil.
Nas primeiras visitas ao Centro de Treinamento, quando recomendou grama mais baixa e conheceu todo espaço, o português questionou como era feito o controle de horário da chegada dos jogadores ao ambiente de trabalho. Informação que foi publicada pelo jornalista Mauro Cezar Pereira, no UOL. A resposta, apurou o blog, soou como curiosa, mas é corriqueira no dia a dia dos clubes brasileiros.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2019/r/o/vn5U46STWwOuke3ROUyw/jesus-dia-1.2.jpg)
Jorge Jesus, técnico do Flamengo — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Primeiros a chegarem ao vestiário para que tudo fique arrumado, roupeiros, massagistas e enfermeiros receberam a incumbência de observar quem chega além do horário previsto. O modus operandi é simples: passado o combinado, basta olhar no relógio e anotar quantos minutos determinado atleta se atrasou. De forma simples e manual.
E os atrasos são punidos assim: para cada minuto, o atrasado contribui com R$ 100 para a caixinha destes mesmos funcionários.
Diante da explicação, Jorge Jesus comparou e disse que nos clubes onde trabalhou este processo ocorria de forma eletrônica, fosse por biometria ou foto tiradas em câmeras instaladas na entrada do CT. No Flamengo, porém, a tendência é que tudo continue à moda antiga. Até porque, a caixinha é sagrada.