Ao aceitar seu primeiro desafio no Brasil, o técnico Jorge Jesus condicionou o acordo com o Flamengo a um contrato curto, de um ano. O objetivo é ter avaliar a experiência no clube e, a depender do resultado e do desempenho, renovar o vínculo.
A opção foi também do Flamengo, que preferiu experimentar o técnico português sem assumir um risco de um contrato longo. A contratação foi debatida pelo conselho do futebol e não teve participação do Centro de Inteligência e Mercado.
O contato começou através do vice de futebol Marcos Braz, que aproveitou a estadia na Europa para se aproximar de Jesus. O perfil do treinador e seu estilo de jogo foram determinantes para chegar a um consenso sobre o substituto de Abel Braga.
"Dentro das opções levantadas e estudadas, achávamos o Jesus a melhor, mas pensávamos que era inviável", diz uma fonte do clube.
Para ter mais confiança na aposta estrangeira, os dirigentes do Flamengo ouviram jogadores em atividade e aposentados, entre eles o ex-goleiro Julio Cesar e o ex-zagueiro Juan.
Ainda assim, a contratação estava acima do patamar financeiro, mesmo para um clube com fôlego econômico. Mas as opções na Europa para Jorge Jesus eram escassas, e ele queria vir ao Brasil. Com iso, aceitou as condições, mesmo com um contrato acima da média nacional, de cerca de R$ 1 milhão.
Jorge Jesus chegou neste sábado ao Rio, acompanha o Fla-Flu e começa o trabalho até o dia 20 de junho.