Desde que a Fifa confirmou que, a partir de 2021, o Mundial de Clubes será reformulado, passando a ter 24 clubes e uma premiação bilionária para os participantes , os times sul-americanos querem saber o que será necessário para garantir uma vaga na competição.

Até o momento, porém, a entidade que rege o futebol mundial não informou à Conmebol quantos clubes da Confederação irão se classificar ao cobiçado torneio, que será disputado na China.

A imprensa europeia garante que a tendência é que sejam oito europeus e seis sul-americanos, com o restante sendo dividido em partes menores por Ásia, África, Oceania e América do Norte/Caribe.

No entanto, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, disse que irá brigar para que a América do Sul e a Europa tenham o mesmo número de participantes no Mundial.

A promessa foi feita pelo dirigente em entrevista exclusiva concedida à ESPN em Lima, na última quinta-feira, dois dias antes da final da Libertadores entre Flamengo e River Plate .

“Para mim, o número ideal (de participantes da América do Sul) é que seja a mesma quantidade de clubes que tenha a Europa. É o certo que a gente tenha a mesma quantidade de equipes classificadas ao Mundial de Clubes, e é isso que vamos buscar", assegurou.

SEM CONVITES

Depois que forem decididos os números de vagas, caberá à Conmebol definir quais serão os clubes classificados.

Nos bastidores, disparam-se diversas possibilidades: classificar os últimos campeões da Libertadores e Sul-Americana, criar um novo torneio, a Supercopa Libertadores, que definiria os selecionados, entre outros.

No entanto, alguns times pleiteiam vaga por convite, baseados em seu histórico "copeiro".

É o caso, por exemplo, do Boca Juniors . Em entrevista recente, o candidato à presidência do clube, Christian Gribaudo, afirmou que a Fifa deveria convidar o Boca, já que há "interesse do mundo do futebol" para que os xeneizes estejam no novo Mundial .

"Não é que o Boca vai pedir (para participar). Há interesse do futebol para que o Boca esteja nesta competição. Por quê? Por conta do que o Boca representa. Não quero falar de outros clubes. Mas você percebe que o Boca é o que o mundo pede", disse Gribaudo.

Alejandro Domínguez, porém, negou qualquer possibilidade de ida ao certame da Fifa por convite. Para o atual presidente da Conmebol, o único critério justo e possível é o "mérito esportivo".

“Até agora não temos certeza do formato que a Fifa apresentará para o torneio. O que posso dizer que é o mérito esportivo para mim parece ser a lógica (de como os participantes serão selecionados). Ou seja: o time que é campeão terá vaga no Mundial de Clubes, isso em qualquer formato”, afirmou.

“O campeão deste ano irá ao Catar jogar o Mundial. Isso sabemos. Mas, sobre o formato do ano que vem, ainda vamos nos reunir com a Fifa para saber a quantidade de equipes que teremos. Assim que soubemos, vamos determinar como será a classificação”, complementou.

Para o Mundial de Clubes do Catar, que ocorre em meados de dezembro e será o último no formato atual, já há cinco classificados: Liverpool (Inglaterra), Al-Sadd (Catar), Hienghène Sport (Nova Caledônia), Monterrey (México) e Espérance de Tunis (Tunísia).

Faltam, portanto, definir os campeões da Ásia (Al-Hilal, da Arábia Saudita, ou Urawa Red Diamonds, do Japão) e da América do Sul (Fla ou River).