Confira o que Tite falou após derrota do Flamengo para o Fortaleza

Após a derrota para do Flamengo para o Fortaleza, o técnico Tite deu entrevista coletiva. Confira o que falou o treinador Rubro-Negro:

- Estou muito triste, chateado. O sentimento do torcedor, eu estou sentindo. Como responsável, tenho que analisar o contexto todo. Se estivéssemos no início e ficássemos: "Vamos fazer nove jogos sem o potencial técnico total, vamos vencer cinco, empatar duas e perder duas, com essa pontuação...". Hoje continuo triste. Sentir a derrota faz parte de uma equipe vencedora, ela reverte no dia a dia. Derrota doída. Porém, o contexto todo deve ser avaliado.

- Quando a gente está no ar, o que acontece quando há um toque? O lance foi falta, categoricamente foi falta. Estou falando como, tenho experiência como professor e jogador, foi falta. Há desequilíbrio do atleta. É notório. Foi falta. Não é problema da Edina, ela precisa ser ajudada. Caio Marques, interpretação, foi falta. Deveríamos ter feito gol. Deveríamos ter transformado em gol as oportunidades, precisão maior, bola bateu na trave e também isso.

Peso do desgaste

- Eu não tenho opinião formada a não ser sobre o acumulo. No jogo teve um número grande de oportunidades criadas e não teve efetividade. Na equipe que joga de forma vertical, nas poucas oportunidades que teve, teve possibilidade de vencer o jogo. Saber jogar no contra-ataque é mérito também.

Gerson em outra função

- A gente tem que cuidar quando fala em cima do momento. Estou falando isso porque lembro de ter reconhecido o Gerson pela necessidade de jogar em várias posições, coringa. Enalteci ele por isso. Onde mais produz é do lado direito, sim. Mas a necessidade da equipe faz você executar em outras funções. Como meia, segundo meio-campista, também já jogou. Conversei com ele. Ele disse: "Professor, sei como você está sem dormir". Porque um machuca, tem gente fora. Não estou colocando para dramatizar. Estou passando para o torcedor porque ele merece a informação de quanto nós nos propomos, mesmo numa posição que não é o melhor, (o jogador) vai lá e faz.

Substituições

- Temos quatro grande zagueiros, fora os demais. O Léo Pereira e o Ortiz são construtores e ficavam com liberdade para construir. Quantas vezes entraram no campo do adversário, principalmente o Ortiz que vira um jogador a mais de construção. Tu tens jogadores que possam fazer essa iniciação para empurrar os adversários. O Gabriel, como penúltimo atacante, tem possibilidade de movimentação e presença de área. Então tem que usar as armas que nós tínhamos no jogo.

Tropeços no Maracanã

- As etapas que vamos construindo, o aproveitamento, é significativo. Em alguns momentos, a gente vence fora. É um campeonato muito difícil. Oscilações vão acontecer, importante que não durem muito tempo, para manter performance de G-4 e G-5. Nas últimas 10 rodadas vai se definir o campeão. Claro que a gente queria estar em primeiro, estamos tristes, mas tem que olhar o quadro.

Matheus Gonçalves

- Matheus vai criando a oportunidade. Ele criou pelo trabalho sério que vem desenvolvendo ao longo dos treinamentos. Ele é jovem, criou a oportunidade e foi bem pelo seu trabalho. Ele começou pela esquerda e Luiz pela direita. As jogadas não vinham evoluindo, quando eles trocaram, o Matheus fez uma grande jogada pela direita e eu falei: "Fica". O desempenho dele determinou. Não tínhamos muitas outras opções de externos. Tentamos tirar proveito, deixei ali porque o Matheus estava bem nas combinações. Começou no lado esquerdo e depois foi para o direito.

Apelo contra vaias

- O torcedor não vaia o atleta, ele não vai melhorar com vaia. Vou ficar um tempo aqui, não sei quanto vou ficar, estou técnico do Flamengo. Daqui a pouco vão trocar. Então não vaiem. Se mostrarem um atleta que respondeu melhor a uma vaia... Não vaiem. Eles não estão negligenciando o trabalho. É o mesmo que faz jogos decisivos (Luiz Araújo), como no jogo do São Paulo. Vou fazer um pedido como vovô: não façam. O Flamengo não merece, os atletas não merecem. Se tivesse algum que ficassem... Não vaiem. O atleta vai sentir em campo e não vai melhorar. Estou sentido, eles também. É uma escolha. Se vaiar, vai piorar. Se acolher, ele vai ter mais força, como em uma série de jogos. No jogo contra o Cuiabá, os atletas desabaram em campo e a torcida apoiou. Não é a torcida, são alguns.

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Fonte: S1Live
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