Nesta quinta-feira (19), a partir das 19h, o Flamengo recebe o Peñarol pela partida de ida das quartas de final da CONMEBOL Libertadores , com transmissão ao vivo pela ESPN no Disney+ .

Além da missão de largar na frente por uma vaga nas semifinais, o duelo de hoje representa o reencontro com a última equipe que superou o Rubro-Negro pelo torneio continental no Maracanã. Uma história que começou em 2019 com vaia, demissão e até 'corneta' de um então novo treinador, chamado Jorge Jesus.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br , Léo Duarte, que foi titular na primeira fase da competição naquele ano, incluindo os dois confrontos contra os uruguaios, lembrou o momento vivido e a derrota sofrida em casa.

"O estádio estava lotado. Havíamos começado bem a Libertadores, jogamos na altitude, e a expectativa era de vitória. Começamos bem o jogo, mas tivemos uma expulsão, ficamos com um menos no final do jogo e levamos o gol", conta.

O cartão vermelho citado pelo zagueiro foi recebido por Gabigol . Praticamente dois meses depois daquela noite sob vaias dos mais de 60 mil presentes no Maracanã, um novo treinador era anunciado para substituir Abel Braga, que havia pedido demissão.

"Foi ótimo na época, porque principalmente os líderes estavam com essa fome de ganhar. Diego Alves, Arão, Éverton Ribeiro, Gabigol, eles tinham essa visão que, se ganhassem alguma coisa importante no Flamengo, eles entrariam para a história. Então, quando o Jorge Jesus chegou com o estilo de trabalho dele, que era um estilo forte de cobrança, eles aceitavam. Não tinha ego, vaidade, porque eles queriam ganhar e sabiam que o Jorge era muito bom também", lembra Léo.

Broncas nos treinos

Apesar do entusiasmo com a chegada do técnico português, as broncas também fazem parte das recordações do ex-zagueiro rubro-negro naquele período.

"No começo, teve um treino que era o ataque contra a defesa titulares. A zaga era Rodrigo Caio e eu, e o ataque era Bruno Henrique, Gabigol e Éverton Ribeiro. E nós estávamos bem. De dez bolas, a gente recuperou sete, oito."

"A única que não conseguimos pegar, o BH fez o gol, e o Jorge Jesus mandou: 'Ah, os meus centrais não pegam ninguém, os meus centrais não ganham uma' - aí eu olhei pro Rodrigo e ele estava nervoso, mas depois vimos que era o jeito dele, era para cutucar. Ele (Jorge Jesus) queria a perfeição. Ele mira isso. Então, mesmo a gente estando bem, se perdêssemos uma bola para ele não valia de nada", recorda.

Léo foi promovido ao profissional do Flamengo em 2016 após o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, ele era o capitão da equipe, que ainda contava com nomes como Lucas Paquetá, Matheus Sávio e Felipe Vizeu.

O zagueiro permaneceu no Rubro-Negro até julho de 2019, quando se juntou ao Milan . Há quatro anos, ele defende a camisa do Basaksehir, da Turquia, onde é titular absoluto.

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