Em semana sem jogos dos clubes e data Fifa das seleções, a política entrou em cena no Flamengo. A dois meses da eleição, os futuros de Gabigol e do técnico Filipe Luis estão em pauta.
Membros da oposição alegam que a possível renovação do contrato do atacante feriria o estatuto do clube, que prevê contenção de despesas nos últimos 180 dias do mandato do presidente.
O movimento é liderado pela chapa de Luiz Eduardo Baptista, mas ganha coro nas demais figuras de oposição. A situação, por outro lado, vê a manobra como política, e descarta irregularidades.
A queixa, que já foi formalizada pelos presidentes de poder do clube - o próprio Bap, do Conselho de Administração, Antonio Alcides, do Deliberativo, e Sebastião Pedrazi, do Fiscal, é que a renovação de Gabigol aumentaria as despesas.
O camisa 99 tem oferta de mais um ano de contrato com aumento de 50%, mas o vínculo só seria assinado no fim da temporada, já com a eleição definida no dia 9 de dezembro.
No caso de Filipe Luís, a situação não é vista desta forma, mesmo com ele passando de técnico do sub-20 para o do profissional, com aumento no salário.
Isto por que o novo comandante tem vencimentos inferiores ao do técnico Tite, e portanto o Flamengo economizaria com técnico nos 180 dias que antecedem o fim do mandato de Rodolfo Landim.
A permanência de Filipe Luís em 2025, o que reza o novo contrato, isso sim tem sido alvo de críticas. Membros das chapas de oposição classificam a decisão como temerária.
Tanto Bap, como Wallim Vasconcellos e Mauricio Gomes de Mattos, adversários do candidato de Landim, Rodrigo Dunshee, indicam que Filipe Luis pode ser mantido, mas não dão certeza.