O surgimento do Esporte Interativo como concorrente da Globo na briga pelos direitos de transmissão para TV fechada do Brasileirão está mexendo no planejamento financeiro dos clubes das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro. Com o mercado se aquecendo pela disputa que antes só tinha um protagonista solitário, a Globo, mais dinheiro está entrando nos cofres, ainda que os novos contratos – seja com qual emissora for – só entram em vigor em 2019.
A chave está nas chamadas “luvas”, ou seja, o valor recebido como uma forma de premiação pela assinatura do contrato. E essa quantia tem caído dias após o acerto dos clubes com as emissores, gerando uma receita a mais para o orçamento de 2015.
Tudo bem que o Esporte Interativo não tem conseguido fisgar a maior fatia dos grandes clubes – Internacional e Santos são os clubes de maior nome – mas quem tem assinado com a Globo, como é o caso do São Paulo, está garantindo luvas mais gordas. O Tricolor embolsou R$ 60 milhões diante do fechamento do acordo com a Globo, enquanto o EI tinha oferecido R$ 40 milhões. Corinthians (que rejeitou luvas de R$ 80 milhões do EI) e mais recentemente o Flamengo também decidiram renovar o acordo com a Globo. No caso do Fla, o “sim” à proposta ainda será referendado pelo conselho deliberativo.

Globo x Esporte Interativo é a batalha pelos direitos de TV fechada