Comissão de arbitragem da CBF usará ranking para escalar árbitros aos jogos

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Com a saída de Wilson Luiz Seneme do comando da arbitragem brasileira e a criação de uma comissão de arbitragem, a CBF anunciou que irá montar um ranking de arbitragem. A ideia é apontar quais árbitros estão em melhor momento, de acordo com o desempenho e histórico, para que eles sejam designados para os jogos. A iniciativa vai começar a ser executada ainda neste primeiro semestre de 2025.

As avaliações dos árbitros serão feitas pela comissão de arbitragem com o decorrer da temporada, e o ranking será atualizado para demonstrar os árbitros que tiveram as melhores atuações, conforme explica Rodrigo Martins Cintra, que será o gestor da comissão de arbitragem.

- O ranking nos dá um balizamento para que nós possamos escalar os melhores árbitros naquele momento. Entretanto, sabemos que ranking é estatística, e a estatística fala de passado. Então nós temos que analisar, mas temos que ter uma equipe técnica muito bem afinada para que no momento ela possa entender que aquele do ranking está no momento oportuno para que ele seja escalado para aquela rodada. Porque só entendendo o momento do árbitro é que nós vamos poder escalar os melhores, sejam eles nacionais, sejam eles internacionais.

Rodrigo Cintra será o gestor da nova comissão de arbitragem da CBF — Foto: JO MARCONE/CBF

Segundo Rodrigo Martins Cintra, ideia é qualificar a arbitragem, fazendo com que os mais bem ranqueados sejam designados para as partidas mais importantes para que os erros sejam diminuidos.

- Vários elementos vão nos conduzir para sabermos quais são os top-10, os top-20, os top-30, os top-100, para que nós possamos encaixá-los dentro dessas linhas de designação para as partidas. E a partir daí nós vamos analisar a essa escala (de arbitragem). Esse ranking, ele é algo que é mutante ele não é fixo, ele se transforma e ele muda a cada temporada. Então, nós vamos ter uma atenção tremenda. Com isso, uma parte da equipe de arbitragem passa a ser fundamental.

- Os analistas, os observadores, são aqueles profissionais que têm uma carreira larga dentro do campo que estão hoje do lado de fora analisando os árbitros. Com isso, passamos a ter as chances de mitigar os erros a arbitragem. Lembrando que o árbitro sempre vai errar. Assim como um jogador perde um pênalti Mas com gestão nós vamos mitigar os erros.

A CBF anunciou na última quinta-feira a nova estrutura que irá comandar a arbitragem do futebol no país. Ex-presidente do órgão, Wilson Luiz Seneme foi demitido.

A comissão será formada por um colegiado com sete pessoas: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho e Rodrigo Martins Cintra, que será o coordenador.

A CBF também contará com um comitê de consultores internacionais formado pelo argentino Néstor Pitana, que apitou a final da Copa de 2018, o italiano Nicola Rizolli, que esteve na decisão da Copa de 2014, no Brasil, e Sandro Meira Ricci. Eles farão avaliações semanais do quadro nacional.

Luiz Flávio de Oliveira, Nestor Pitana, Ednaldo Rodrigues, Sandro Meira Ricci e Rodrigo Martins Cintra na apresentação da nova comissão de arbitragem da CBF — Foto: CBF

– A CBF tira o papel de um condutor apenas e expande para que sejam pessoas que têm total conhecimento e disciplina para que trabalhem de forma conjunta para (buscar) a melhor solução para o futebol brasileiro – disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em transmissão da CBF TV.

Segundo o dirigente, essa reestruturação foi pensada nos últimos nove meses e é possível que outros "nomes internacionais" possam fazer parte do comitê consultivo.

Além da apresentação do Comitê, Ednaldo anunciou a criação de um ranking de árbitros e da Escola Nacional de Arbitragem com a intenção de padronizar o setor.

Néstor Pitana faz parte do novo comitê de arbitragem da CBF — Foto: Alexandre Loureiro/BP Filmes

O dirigente também prometeu esforços para profissionalizar a arbitragem brasileira nos próximos dois anos:

– De agora a até 24 meses, a gente (quer) ter um projeto bem estruturado e discutido para que a CBF possa apresentar à Câmara e ao Senado aquilo que já está na lei há muito tempo, mas não houve regulamentação, da tão sonhada profissionalização.

Fonte: Globo Esporte