Comentaristas discordam de gesto de Gabigol, do Flamengo, com Dorival: "Não faria"

O "beijinho" de Gabigol para Dorival Junior, após a derrota do Flamengo para o São Paulo na primeira partida da final da Copa do Brasil, foi um dos temas do Boleiragem, programa do sportv, nesta segunda-feira. Os comentaristas analisaram o gesto e afirmaram que não o fariam, mas discordaram sobre a espontaneidade da ação.

— Queria o Gabriel no meu time sempre. Acho que ele é o cara que decide jogo grande, deixa tudo em campo. As bobagens que ele faz são justamente por se entregar demais. Mas acho que chega uma hora que tem que analisar o contexto. Tem que analisar as suas atitudes e as consequências que elas trazem. E ele sabe. Sabe o impacto que as atitudes trazem para dentro do grupo e o reflexo para a arquibancada — disse Caio Ribeiro, que completou:

— Se foi espontâneo ou não, só ele vai poder dizer. Mas ele passa o seguinte recado: "o nosso treinador aqui, não tem liderança nenhuma. Eu tenho um baita carinho por você, professor. Um beijo. Se puder voltar, volta.

Roger Flores também comentou sobre o gesto de Gabigol e seguiu a linha de Caio Ribeiro. O comentarista disse que viu como algo "pensado" pelo atleta do Flamengo para levantar polêmica.

— Acho que foi para levantar polêmica. Para mim, o Gabriel é um cara muito inteligente. Tudo que ele faz dentro de campo. Ele sabe onde estão as câmeras, os gestos que ele faz. Tudo é pensado. Ele é um cara inteligente, ele sabe gestualmente gerar debate. Para mim, ele pensou direitinho o momento de passar ali e mandar um beijo pro Dorival.

No entanto, Dodô discordou e apontou que, com isso, Gabigol jogaria contra ele, contra os jogadores e contra a comissão técnica atual, com quem já foi capitão mais de uma vez. Por isso, para ele e Paulo Nunes, o atacante do Flamengo teria feito o gesto de maneira espontânea, mas errou em fazê-lo.

— Acho que você tem que ver a situação da circunstância. Você perdeu o jogo, o time saiu vaiado, você saiu vaiado. Todo mundo sabe que o Dorival era o técnico do ano passado. Você vem de um jogo onde foi expulso. Eu não iria. Eu acho que foi espontâneo, e ele foi mal — pontuou Dodô.

— Eu acho que foi espontâneo. Eu não faria. Abraçaria ele antes do jogo, ia no vestiário. Ali, no meu modo de ver, não era o momento. Mas é a intimidade dos caras, a porta estava aberta, ele quis falar — concordou Paulo Nunes.

Os comentaristas, entretanto, elogiaram a postura do atacante do Flamengo . Para eles, Gabigol "dá a cara após as derrotas", mesmo na atual má fase.

— Ele não pipoca. Isso que eu mais gosto no Gabigol. Perde, faz bobagem, mas vai lá e bota a cara na entrevista — disse Caio Ribeiro, e Paulo Nunes completou:

— No próximo jogo, ele vai lá de novo. Ele pode estar mal tecnicamente, mas corre, tenta ajudar de alguma forma. Tecnicamente, ele (Gabigol) está abaixo, mas o treinador (Sampaoli) não ajuda.

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Fonte: Globo Esporte