Com extracampo conturbado, Flamengo aumenta pressão para que Tite faça elenco milionário render mais

— Sei que se não ganhar, não estarei técnico do Flamengo. Sei bem disso, mas sei também que existe um processo para a evolução — justificou Tite após o time vencer o Botafogo sem encantar a sua torcida.

Vale ressaltar que o Flamengo vai ainda para a sua quinta partida no ano e o grupo ainda precisa de um melhor ritmo de jogo. O ponto é que existem várias incógnitas que vão além das questões físicas e táticas.

Com o extracampo conturbado em ano de eleição, a tentativa de blindar o futebol é normalmente em vão. Sem um projeto estruturado, o departamento aproveita os recursos econômicos do time para empilhar jogadores caros, mas não qualifica à altura os seus gestores.

Em campo, isso também se reflete nas negociações para contratações e renovações. O cenário de incerteza passa não só pelo maior ídolo da atual geração, Gabigol, que poderá sair livre em junho, mas também se agrava com a ausência de novos líderes.

Depois das saídas de Diego Ribas e Diego Alves, o Flamengo perdeu este ano Filipe Luis e Everton Ribeiro. Com Gabigol e Bruno Henrique barrados por Tite, o time tem em Gerson a referência, mas o capitão no último jogo representa um elenco que fala pouco. David Luiz, que virou reserva, era voz potente, mas agora menos ouvida.

Hoje, o lateral-esquerdo Viña fará sua estreia na equipe. Em transformação e sem direção clara, o Flamengo terá em talentos reunidos a sua maior força mais uma vez.