É muito possível que os clubes brasileiros das séries A e B cheguem nesta sexta (17) a um acordo sobre a comercialização dos direitos internacionais de transmissão para TV das edições do Campeonato Brasileiro entre 2020 e 2023.
Às 15h, uma teleconferência com todos os clubes da Série A, exceto o Athletico-PR , e todos os da Série B deve definir a questão em torno de um acordo de cerca de US$ 40 milhões pelo período. Mas há outros dois pontos a serem analisados e que podem gerar um adicional de receita para os caixas das agremiações.
Anteriormente atrelados aos direitos de TV, os direitos de streaming e os betting streaming rights (streaming para sites de apostas), também estão na vitrine e com preços individuais.
O ESPN.com.br conversou com diversas pessoas ligadas à decisão desta sexta e apurou que, a não ser que haja uma mudança no que já foi tratado, haverá valores diferentes para cada uma das modalidades, não vinculados ao valor dos direitos de TV.
Em outras palavras, o montante de US$ 10 milhões anuais não abarca as duas propriedades de streaming, que serão negociadas por valores adicionais e podem ou não ir para a mesma empresa que adquirir os direitos de televisão.
Pode ser que a reunião termine com três contratos diferentes. Pode ser que um empresa adquira mais de um. Entre as propostas a serem analisadas, existem algumas por mais de uma propriedade.
O que é isso?
O streaming é a transmisssão como já conhecemos para dispositivos móveis e computadores. Já o betting streaming rights trata daqueles vídeos em qualidade de definição menores e limitação no tamanho de exibição de tela, que os sites de apostas costumam exibir para os apostadores.
Serve para que eles vejam o andamento das partidas e possam alterar ou ampliar suas apostas.
Assim como no caso dos direitos para TV, os clubes nao esperam ter uma grande arrecadação com essa venda, em especial, por tratar-se de algo novo - ainda mais no âmbito brasileiro, onde o universo de apostas online engatinha.
Se obtiver algo próximo de 20% a 30% do valor obtido com as vendas dos direitos de TV, os clubes já terão motivos para comemorar, afirma uma fonte ouvida pela ESPN .
Embora estejam perto de um consenso, os clubes ainda não bateram martelo nem quanto à proposta de TV, nem a como ela será partilhada entre as diferentes séries.
A divisão 70% para a Série A, 25% para a B e 5% para a C parece ser a de mais força. Mas ainda há sugestões que não contemplam a C, na proporção 70-30 entre A e B, e há propostas de fatia ainda maior para a Série A.