O domingo (8) marcou a despedida de Gabigol do Flamengo . E o atacante, que marcou um dos gols do Rubro-Negro no empate com o Vitória , na última rodada do Brasileirão , mais uma vez levantou uma polêmica.
Logo após o jogo, em entrevista na saída do gramado, ele atacou a diretoria do clube mais uma vez, situação semelhante ao que fez após o título da Copa do Brasil . Questionado se existia a possibilidade de seguir no Flamengo, ele foi enfático.
"É... como falei: tenho palavra, diferente de outras pessoas que não têm palavra. Meu pai e minha mãe me criaram como homem. E acho que a coisa mais honrosa do homem é ter palavra. Não tiveram palavra comigo, mas a minha palavra é mantida. Eu não vou ficar. O que importa mesmo é o que as ruas falam. Tenho certeza que quando eu andar na rua, daqui a 10, 15 anos, ou daqui a 15 minutos, vou ser idolatrado, vou ser amado. Desde quando cheguei falei isso: o que me importa é a torcida. O que me importa são eles. Sempre joguei por eles e sempre tentei mostrar que eu queria ser um deles dentro de campo. Foi uma paixão à primeira vista. Desde o primeiro dia que pisei no Maracanã senti algo que acho que nunca mais vou sentir na minha vida. O que importa é a torcida, o carinho que eles têm por mim. E eu sou homem. E homem tem palavra", iniciou, fazendo referência à uma antiga promessa que recebeu no ano passado, quando esteve perto de renovar o seu contrato, mas o acordo que fez com o presidente Rodolfo Landim acabou ruindo.
Apesar do remorso com a diretoria, Gabigol também aproveitou a oportunidade para agradecer a todos que fizeram parte da sua trajetória no clube, que se encerrou com 161 gols e 13 títulos conquistados.
"Sentimento de muita felicidade. Agradeço a todos os treinadores, todas as tias que limparam meu quarto, fizeram comida para mim, que me ajudaram, o pessoal do staff. É muita gente para agradecer. São seis anos. Foram anos incríveis. Teve jogadores que jogaram pelo Flamengo, mas não sentiram o Flamengo. Eu senti o Flamengo por esses seis anos. Saio muito tranquilo, muito consciente do que aconteceu. Pode ser que tenha jogadores que depois façam mais gols do que, ganhem mais do que eu, mas o que aconteceu comigo acho que ninguém vai viver mais."