Uma vitória com cara de "muito prazer". Se o Flamengo de Rogério Ceni, enfim, deu as caras com um futebol bom e convincente no segundo tempo da vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, é possível dizer que, com o passar do tempo, a recíproca é verdadeira. Em entrevista coletiva, o treinador se abriu e revelou que "vai entendendo como funciona" o clube, e o efeito extracampo de um resultado que mantém o time na briga pela taça.
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Rogério Ceni, Flamengo x Grêmio — Foto: Diego Vara/Reuters
Faltando seis rodadas para o fim do Brasileirão, o Flamengo está a quatro pontos do Inter e tem um confronto direto na penúltima partida, no Maracanã. Realidade que deixa Ceni feliz, mas que não é o mais importante. O treinador direcionou suas palavras para o torcedor após o jogo em Porto Alegre.
- O mais importante é chegar faltando seis rodadas, mesmo com alguns tropeços, algumas boas atuações sem vitórias, outras não tão convincentes, chegar faltando seis rodadas com chances e briga real pelo título. Sabemos o quanto é importante.
"No Rio, você começa a conhecer o torcedor flamenguista, né?! É muito mais do que uma simples noite de vitória. É o prazer, a alegria de tanta gente humilde tem em voltar para casa, sair do bar onde assistiu... Devagar você vai entendendo como funciona. É o motivo de alegria de muita gente, a grande vitória da vida de muita gente"
Ceni admitiu que o Flamengo deixou a desejar no comportamento no primeiro tempo e elogiou a atuação na volta do intervalo. Com três gols em 21 minutos, a equipe renasceu não só na partida, mas também na disputa pelo título.
- No primeiro tempo, criamos algumas oportunidades, mas o time foi muito lento. No segundo tempo, mudamos o sistema com os mesmos jogadores e conseguimos mudar a atitude do time em campo.
Com a vitória em Porto Alegre, o Flamengo pula para segunda colocação na tabela, com 58 pontos e encara o Sport, segunda-feira, na Ilha do Retiro, pela 33ª rodada. Antes, monitora o duelo entre Inter e Bragantino, domingo, às 18h15 (de Brasília), no Beira-Rio.
Confira outras respostas
Mudança de postura
- Sempre tentamos fazer com que os dois tempos sejam bons, como fizemos, por exemplo, contra o Palmeiras. Mudamos um pouquinho taticamente o posicionamento da equipe. Empurramos o Bruno Henrique para frente, abrimos o Arrascaeta e jogamos com o Gérson no esquema que começamos aqui. Precisávamos ser mais agressivos na marcação para recuperar a bola. Mas eles também conhecem, têm responsabilidade, caráter, estão acostumados a ser campeões, brigar por títulos, e seguimos vivo na competição.
Não dependemos somente da gente, mas encurtamos uma distância que, se não viesse essa vitória hoje, seria praticamente impossível brigar por título.
Gabigol decisivo
- Acho que são 16 jogos que estou aqui e um o Gabriel não começou somente. Hoje, ele se tornou, se não me engano, o quinto maior artilheiro do Flamengo na história do Brasileiro. Ele está sempre em campo. Teve um jogo que não começou jogando apenas. Não só conto com ele como tenho uma admiração por ele. Cresceu nos últimos jogos, tem dado combate na marcação, sendo mais intenso e coloco sempre para jogar. Só um único jogo dos 16 que estou aqui ele não começou...
Gabigol vibrante
- Não só ele, que logicamente é muito importante. É um cara alegre, descontraído, bom de lidar, mas o Diego é muito importante, hoje o Bruno Henrique falou antes do jogo, Everton fazer o gol me deixou muito feliz. Arrascaeta no segundo tempo melhorou bastante, Arão é uma liderança natural, Filipe Luís... Sou muito grato a todos pela maneira que voltaram para o segundo tempo. A atitude deles nos deixa em condição de brigar pelo campeonato.
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