A CBF se pronunciou neste domingo (20) após as denúncias do volante Gerson, do Flamengo , contra o meia Ramírez, do Bahia . De acordo com o jogador rubro-negro, o jogador colombiano disse "cala a boca, negro" a ele durante uma discussão no início do segundo tempo. O time carioca venceu por 4 a 3 e assumiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro .
Em nota divulgada em seu site oficial, a Confederação Brasileira de Futebol repudia qualquer ato de racismo e diz que solicitou a abertura de um processo de investigação sobre o caso.
"A CBF está solicitando à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva a abertura imediata de uma investigação sobre a denúncia de racismo feita pelo jogador Gerson Santos, do Clube de Regatas do Flamengo, na partida deste domingo (20/12) diante do Esporte Clube Bahia, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A entidade encaminhará ao STJD a súmula da partida, na qual consta o relato da denúncia feita pelo atleta. A CBF reitera seu profundo repúdio ao racismo", informou a entidade.
Um dos pontos a ser analisado será a súmula da partida, em que o árbitro Flávio Rodrigues de Souza relatou a expulsão do atacante Gabriel, do Flamengo, e também citou a ofensa ouvida por Gerson .
"Aos 7 minutos do segundo tempo houve um conflito entre os jogadores sr. Gerson Santos da Silva, de número 8 da equipe do Flamengo, e do atleta da equipe do Bahia de número 15 sr. Juan Pablo Ramírez Velasquez, onde o jogador do Flamengo alega ter sido chamado de 'negro' por seu adversário mencionado. Informo que este suposto ato não foi percebido por nenhum membro da equipe de arbitragem no campo de jogo", escreveu o juiz.
A diretoria do Flamengo se colocou inteiramente à disposição de Gerson e prometeu ir a fundo no caso, inclusive juridicamente, para defender o camisa 8. O técnico Rogério Ceni também falou do assunto em entrevista coletiva, fez elogios ao seu jogador e disse que a ofensa de Ramírez mostra "nível muito baixo".
O Bahia, por sua vez, disse estar apurando a denúncia e ainda não se pronunciou sobre o assunto publicamente. O primeiro ato foi a demissão de Mano Menezes , técnico que, segundo Gerson, teria minimizado a ofensa racista logo que a discussão entre os jogadores aconteceu.