CBF encaminha denúncia de racismo ao STJD, e Flamengo contesta nota do Atlético-MG

Após denúncias de que um homem teria ofendido a torcida do Flamengo com gestos de cunho racista na Supercopa, em jogo contra o Atlético-MG, a CBF levou o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, uma vez que não identificou o autor das ofensas que aparece em vídeos nas redes sociais.

"A CBF tomou conhecimento das imagens divulgadas por redes sociais e vai encaminhar o caso à Procuradoria do STJD e às autoridades competentes para que ocorra a integral apuração dos fatos", informa a entidade, que cita que o autror não foi identificado por nenhuma das partes envolvidas.

Entre elas, o Atlético-MG, que nesta segunda-feira também se pronunciou sobre o ocorrido. O Flamengo se manifestou nesta terça através do diretor de relações externas, Cacau Cotta. Ele contestou as duas notas oficiais, de CBF e Atlético-MG.

"Muito me estranha as duas notas das duas entidades. Pois havendo mando de campo da CBF, a área mais controlada do estádio é o campo. Uma pessoa tem acesso ao campo, segundo a nota do Atlético-MG é visto, retirado, e entregue à segurança da CBF. E o mesmo, depois de toda a divulgação do ocorrido, não é identificado por nenhuma das duas seguranças, e sai do local sem maiores consequências. O jurídico do Flamengo está trabalhando junto ao STJD", afirmou.

O acusado cruza o campo e se vira para a arquibancada com gestos imitando um macaco, de acordo com relatos de quem presenciou a cena no estádio.

Em seguida, ele volta ao grupo do Atlético-MG mais uma vez correndo e fazendo os gestos. Vários torcedores do Flamengo se revolvem e filmam o homem.

Os rubro-negros alertaram os seguranças do estádio e disseram que foram chamados de macacos por ele. Outros comentários apontam que o rapaz fazia o gesto da comemoração do atacante Hulk.

Em nota, o Atlético-MG se posicionou de forma oficial:

1 - O indivíduo que aparece nas imagens nunca fez e não faz parte do quadro de funcionários do Galo, tampouco é prestador de serviços do Clube;

2 - O Clube não tem conhecimento de como o indivíduo teve acesso ao gramado, embora saiba que ele não portava credencial que o autorizasse a estar no local;

3 - Ao perceber a presença de pessoa estranha no gramado, o Atlético, através de um dos seus seguranças, encaminhou o indivíduo aos seguranças da CBF, para que o mesmo fosse imediatamente retirado do local;

4 - O Clube vai aguardar posicionamento das autoridades sobre o assunto, para que seja esclarecido se o gesto foi uma imitação de comemoração ou um ato discriminatório;

5 - O Galo reforça sua posição de repudiar veementemente qualquer ato de racismo ou de preconceito contra quem quer que seja. O Galo, afinal, é preto e branco!

Fonte: Extra