A relação entre a Confederação Brasileira de Futebol e os clubes perante a convocação de atletas para as seleções parece estar cada vez mais estremecida.

Além de desfalcar as equipes no quesito técnico, a CBF também deixa os times brasileiros no prejuízo. De acordo com informações do jornalista Rodrigo Mattos, do portal Uol , a entidade máxima do futebol brasileiro descumpre a Lei Pelé e não paga os salários dos atletas convocados.

"A entidade convocadora indenizará a cedente dos encargos previstos no contrato de trabalho, pelo período em que durar a convocação do atleta, sem prejuízo de eventuais ajustes celebrados entre este e a entidade convocadora", diz o artigo 41 da Lei Pelé.

Com isso, a Confederação Brasileira de Futebol deveria pagar os salários de Gabriel Barbosa e Everton Ribeiro, do Flamengo , e de Weverton, do Palmeiras , uma vez que o trio está disputando a Copa América com a seleção.

A situação também deveria se estender ao centroavante Pedro, uma vez que, quando o atleta se lesiona a serviço da entidade convocadora, é quem o convocou quem deve arcar com o prejuízo. Neste caso, Pedro esteve com a seleção olímpica em amistosos preparatórios e retornou ao Flamengo com COVID-19.

Inapto a atuar por conta da doença, Pedro deveria ter seus rendimentos pagos pela CBF até que esteja em condições de voltar a vestir a camisa do Flamengo. Em meio a isso, ainda de acordo com o jornalista, a CBF arrecada R$ 30 milhões em contratos televisivos de partidas de eliminatórias e Copa América.

O portal entrou em contato com a CBF, que não respondeu se cumpre a Lei Pelé e arca com os custos dos atletas.