Goleiro do Corinthians, Cássio mostrou incômodo com polêmica sobre pênalti na partida entre Corinthians x Flamengo: 'Nem foi ver no VAR'

Um dos destaques do Corinthians do empate em 0 a 0 diante do Flamengo , na 1ª partida pela final da Copa do Brasil , Cássio mostrou incômodo como um dos lances centrais do confronto: o suposto pênalti não marcado pelo árbitro Bráulio da Silva Machado após toque de mão pelo zagueiro Léo Pereira, já no segundo tempo do duelo na Neo Química Arena .

Em conversa com jornalistas na saída do estádio, o goleiro revelou que ainda não tinha visto o lance em detalhes, mas citou uma eventual ‘pressão’ rubro-negra antes da decisão sobre a arbitragem para o jogo em São Paulo.

“Não vi o lance do pênalti assim, se foi ou não. Muita gente falando que foi, que bateu direto no braço do jogador. A princípio achei que tinha batido no corpo. Situação que tem que ficar atento. Flamengo começou a falar de arbitragem, que tinha que tomar cuidado, e acontece um lance polêmico numa decisão. Árbitro nem foi ver no VAR. Mas não podemos tirar o foco nisso. Se ele não deu pênalti, é seguir o trabalho e foco no próximo jogo”, disse o goleiro.

No lance em questão, após um cruzamento, a bola passou por Yuri Alberto e resvalou no braço de Léo Pereira, que estava logo atrás do atacante do Corinthians. O juiz não marcou pênalti. O VAR chegou a analisar o ocorrido, mas não interferiu e mandou o jogo seguir.

Após o apito final, Duílio Monteiro Alves, presidente do clube, revelou que ouviu da arbitragem que a bola bate na barriga de Léo Pereira ao invés de resvalar no braço do jogador rubro-negro.

“Primeiro: é um absurdo. O VAR existe para isso. Pelo que a arbitragem me passou, o VAR diz que a bola desviou na barriga e isso está muito claro que não. A imagem é muito clara. A gente vai tomar providências, mas infelizmente não volta mais. É um erro gravíssimo, a bola não desvia em lugar nenhum, então quero entender por que o VAR não chamou. Tem o VAR para isso e ele não recomenda que vá olhar e ainda tem uma interpretação que é impossível ter, a bola em nenhum momento passa perto da barriga”, começou por afirmar.

“A arbitragem passou para os nossos jogadores. O VAR interpretar que é movimento natural do braço não existe, a bola passaria e o Giuliano estava atrás. Não dá para se enganar, é absurdo. A gente vai ouvir o áudio e não tem o que fazer, só que isso não se repita mais”, disparou à imprensa.

Duílio voltou a criticar o fato da arbitragem de vídeo não ter chamado Bráulio da Silva Machado para revisar o lance.

“Existe o VAR, o cara pode olhar o lance dez vezes. Incompetência, sem dúvida nenhuma. Quero ouvir o áudio para ver o que interpretou e passou no campo. Na minha opinião não tem nenhuma outra interpretação. Pode até não dar, mas olha. O VAR existe para isso. Toda uma estrutura e não se olha em uma final de campeonato. A gente vai fazer tudo que é possível, as representações possíveis. É o que nos resta. A gente fica revoltado, o presidente da Fifa assistindo e a gente não usa o recurso que existe para esse tipo de lance. Muitas vezes a gente vê o VAR interferindo muito mais que deveria, às vezes dá a impressão que fica narrando o jogo para o arbitro. E em um jogo como esse, em um lance que todo mundo viu, por que não usou o VAR? É inexplicável, a gente só lamenta”, reclamou.

“É triste ver isso no futebol brasileiro, ainda mais em uma final com os dois maiores clubes do Brasil, as duas maiores torcidas. Não sei para que serve o VAR. É melhor tirar esse negócio. Toda hora para o jogo e, na hora que tem que usar, não usa”, concluiu.

A partida de volta acontece na próxima quarta-feira (19), às 21h45, no Maracanã.

Antes disso, os dois times voltam a campo no sábado (15) para a 32ª rodada do Brasileirão. O Corinthians visita o Goiás, às 19h15, na Serrinha. Já o Flamengo recebe o Atlético-MG, às 20h30, no Maracanã.