Por mais que, nos corredores da Gávea e do Ninho do Urubu, o anúncio de que Gabigol não permanecerá no Flamengo não tenha causado nenhuma animosidade além do normal, a sempre agitada política do clube ficou ainda mais movimentada. A um mês das eleições presidenciais no rubro-negro, membros da atual diretoria tentam se blindar em meio à saída e as críticas realizadas pelo ídolo, enquanto os candidatos da oposição adotaram a temática em tom de apoio à permanência do centroavante.
Maurício Gomes de Mattos, por exemplo, criticou a gestão atual, comandada por Rodolfo Landim, por não manter o ídolo. Candidato à presidência do clube, Maurício disse lamentar "como foi conduzida a situação do Gabigol".
— Não é a primeira vez que a gestão Landim, de maneira pouco profissional, combina uma coisa com o atleta e depois volta atrás. E, no caso do Gabigol, parece que voltou atrás e ficou querendo negociar pela imprensa, via podcast. Isso não pode acontecer e eu garanto que comigo não vai acontecer. Até porque, minha gestão vai ser profissional, quem vai negociar os contratos vão ser os profissionais que terão autonomia para isso, dentro do orçamento e das diretrizes estabelecidas pelo Conselho Diretor — iniciou Maurício Gomes de Mattos em contato com o GLOBO.
Ex-vice-presidente de Embaixadas e Consulados, Maurício também aproveitou para fazer uma espécie de "promessa eleitoral".
— Pelo que li, o Gabigol tem um acordo com outro clube, e palavra tem que ser cumprida. Eu respeito os ídolos, e seria leviano prometer algo em relação a ele. Mas, se o Gabigol puder esperar a eleição, eu me comprometo a colocar nossos profissionais para conversarem com ele em busca de um entendimento — concluiu.
Embora todos os candidatos à presidência do Flamengo tenham negociações em andamento para definirem quem serão os escolhidos para serem os homens fortes do futebol, nenhum deles anunciou o nome aprovado. As eleições do rubro-negro serão no dia 9 de dezembro.