Bruno Henrique é julgado no STJD por manipulação de resultados; Flamengo recorre

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, será julgado hoje, às 10h, pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador enfrenta uma condenação anterior que resultou em 12 jogos de suspensão por forçar um cartão amarelo durante o jogo contra o Santos em 2023. Ele recorreu da decisão, que foi suspensa, o que lhe permitiu atuar enquanto a situação é analisada.

Contexto da condenação

Bruno Henrique foi punido por ações consideradas contrárias à ética desportiva, de acordo com o artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A acusação se baseia na manipulação do resultado da partida ao forçar um cartão amarelo, tendo o jogador entrado em campo pendurado com dois cartões antes do jogo. O Flamengo também interpôs um recurso buscando a absolvição ou redução da pena.

Ação da Procuradoria

A Procuradoria do STJD, por sua vez, recorreu da decisão inicial, pleiteando um aumento da pena imposta a Bruno Henrique. As acusações incluem não apenas a suspensão, mas também a possibilidade de comprometimento da integridade esportiva, refletindo a gravidade das alegações.

Defesa e possíveis desdobramentos

A defesa de Bruno Henrique, liderada pelo advogado Alexandre Vitorino, argumenta que existem fundamentos técnicos que devem ser considerados. "O primeiro é um tópico técnico, da prescrição, que é a extinção do direito de punir pelo tempo", destacou Vitorino. Ele também ressaltou que "foi um lance aos 95 minutos, que não alterou o resultado da partida e que sequer foi falta".

Com a situação atual, o julgamento pode resultar em quatro cenários: absolvição do jogador, redução da pena, manutenção da suspensão ou aumento da pena. A decisão do STJD terá um impacto significativo não apenas na carreira de Bruno Henrique, mas também nas aspirações do Flamengo para a temporada.

Investigação em andamento

Além das punições esportivas, Bruno Henrique enfrenta problemas legais, já que foi indiciado pela Polícia Federal sob a Lei Geral do Esporte, que prevê penas de reclusão de dois a seis anos. A investigação, iniciada em agosto do ano passado, culminou em uma operação de busca e apreensão em novembro, envolvendo outros familiares e amigos do atleta.

A situação de Bruno Henrique permanece delicada e o julgamento de hoje será um marco importante para o futuro do jogador e do Flamengo no cenário do futebol brasileiro.