O jogador Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado nesta quarta-feira pelo Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) por estelionato e fraude esportiva. Outras oito pessoas também foi denunciadas, incluindo o irmão do atleta, Wander Nunes Pinto Júnior.
Em abril, o jogador já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos mesmos crimes, por ter compartilhado informação antecipada sobre o recebimento de um cartão amarelo na partida contra o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023.
O MP pede ainda que o jogar pague R$ 2 milhões por danos morais coletivos causados pela fraude. Agora, caberá à Justiça Federal decidir se aceita ou não a denúncia e torna o jogador réu.
A investigação traz conversas entre o jogador e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, em que Bruno Henrique aparece avisando a data em que receberia o cartão amarelo.
Numa das trocas de mensagens, Bruno garante que não receberia o cartão antes: "Não vou reclamar", "só se eu entrar duro em alguém", escreve o jogador. Na partida, o atacante recebeu o amarelo e reclamou com o árbitro, levando ao cartão vermelho direto.
A Polícia Federal identificou dez pessoas envolvidas no esquema, sendo três com relações familiares com Bruno: o irmão Wander, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Os três apostaram na partida.