Bruno Henrique, do Flamengo, vê Bayern "bem melhor" que Chelsea e projeta: "O jogo das nossas vidas"

Uma coisa que a torcida do Flamengo sabe é que Bruno Henrique gosta de jogo grande. O ídolo rubro-negro, por exemplo, foi quem mudou o jogo ao entrar no segundo tempo da vitória por 3 a 1 sobre o Chelsea. E em 2019 foi o melhor jogador do time na final do Mundial contra o Liverpool. Agora, o Rubro-Negro tem mais uma pedreira pela frenta nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, neste domingo, às 17h (de Brasília), em Miami: o temido Bayern de Munique.

Bruno Henrique conhece bem o clube adversário, até porque já jogou na Alemanha pelo Wolfsburg. Para ele, o Bayern será mais difícil do que foi o Chelsea e sintetizou o tamanho do desafio ao dizer que "é o jogo das nossas vidas". Apesar de tudo isso, demonstrou otimismo:

— Diante do Bayern, uma equipe tão difícil, acho que se a gente correr e se ajudar, tem condição de ganhar o jogo. É difícil, mas não é impossível. Vamos enfrentar uma equipe europeia, mas já mostramos que ganhamos do Chelsea. Mas, na minha visão, o Bayern é bem melhor que o Chelsea. Vai ser um grande jogo e eu espero que a gente esteja em uma tarde iluminada e possa vencer. (...) Futebol é no campo, 11 contra 11, não tem essa. Tem que se concentrar bastante. É o jogo das nossas vidas. Eles podem pensar dessa forma (Flamengo ser mais fácil do que o Chelsea), mas vamos entrar como se fosse uma final.

Ídolo do Flamengo e recordista de títulos do clube ao lado de Arrascaeta, com 16 conquistas, Bruno Henrique disse que gosta de jogo grande e tentou explicar o que muda nesse tipo de preparação:

— Eu procurou sempre dar o meu melhor. Nesses jogos, eu não sei o que acontece, eu me concentro mais. Não que em outros jogos não me concentro, mas parece que a minha mente se blinda. Eu penso na equipe que vamos enfrentar, vejo vídeo dos zagueiros e laterais que vou enfrentar. Eu procuro estar no momento exato para finalizar. (...) Nesses jogos assim eu costumo ir muito bem. Se for para dizer, que seja esse jogo que eu esteja iluminado mais uma vez para ajudar a equipe. Que todos os meus companheiros estejam em uma excelente tarde, com o Flamengo jogando para cima, para vencer.

Houve uma orientação do Flamengo de que, a pedido do departamento jurídico do clube, Bruno Henrique não poderia falar sobre a acusação de envolvimento em esquema de apostas esportivas. Mas o jogador foi questionado sobre como está o seu psicológico em meio a tudo isso.

— Acho que primeiramente eu procuro estar com a minha família, eles me dão apoio todo dia. Eu sou reservado, gosto de estar sempre com pessoas que me ajudam de alguma forma, que querem o meu bem. É o que eu quero para minha vida. Eu estou bem, nos EUA, com a minha família, jogando o Mundial e curtindo um pouco desse paraíso aqui. Eu estou muito feliz e contente de mais uma vez representar o Flamengo no Mundial. Quero estar em outros também.

Bruno Henrique, do Flamengo, comemora gol contra o Chelsea — Foto: Emilee Chinn - FIFA/FIFA via Getty Images

Veja outras repostas da entrevista coletiva:

— Lembrança que eu tenho é que um time que marca forte, uma equipe compacta. Vamos ter que ter o um para um para conseguir ter êxito nessa forma. Eles marcam mano a mano. Nós temos jogadores rápidos na frente, que podem decidir no um para um e podem conseguir levar vantagem no jogo.

— O Filipe (Luís) tem uma identidade da forma que joga. Independentemente da equipe que a gente enfrenta, o Flamengo vai sempre jogar para frente. Claro que temos que ter precaução, mas todo mundo correr, todo mundo se ajudar, torna mais difícil o Bayern de entrar na nossa linha. Então, eu vejo muito isso nesse jogo agora. Todo mundo se ajudando para gente conseguir uma grande vitória. (...) Independentemente de quem é mais velho ou mais novo. Esse é o espírito do time. A gente não negocia. O Filipe também não negocia. Filipe cobra que a gente jogue com intensidade. Todo mundo correndo e se ajudando, a gente consegue ganhar jogos.

— Eu ainda não sei se vou ser titular (risos).

— Todo jogador tem altos e baixos, e comigo não é diferente. Eu procuro estar no meu melhor a cada dia, me dedicar mais como centroavante, como eu tenho jogado, para ajudar a equipe do Flamengo. Acho que o segredo é trabalhar a cada dia para chegar onde eu quero chegar.

—No último jogo, todo mundo veio falar comigo por causa do cartão. Eu fiquei apreensivo dentro do jogo, não queria ficar fora de um grande jogo que temos pela frente. Sou experiente, mantive a calma e consegui não chegar de forma dura para não levar cartão. Eu estou bem e pronto para ajudar o Flamengo mais uma vez.

— Acho que desde quando eu cheguei no Flamengo, e nos outros clubes, procurei ajudar em jogos e títulos. Eu sou muito feliz no Flamengo, tenho 16 títulos. Quero poder ganhar mais e entrar mais na história. O patamar é ganhar títulos. É isso que vai ficar marcado na história do Flamengo. É isso que eu vou procurar fazer nesse tempo que eu tenho de Flamengo.

— Vejo que a gente se conecta muito bem ali na frente. Hoje, nenhum zagueiro quer correr atrás de atacante rápido. É difícil quando tem que correr 30, 40 metros para trás. Acho que quando o Filipe pensa em jogadores rápidos na frente é por esse ponto. Ele vê a linha defensiva e a dificuldade que tem em correr para trás. Aí ele acaba optando por jogadores rápidos na frente, que sabem atacar o espaço e também sabem jogar no pé.

— Na minha visão, é velocidade. Eles não vão querer correr 30, 40 metros para trás. Se a gente estiver de costas, e eles são mais fortes que a gente, vai ser um jogo perfeito para eles. Se a gente tiver jogadores rápidos na frente, para atacar o espaço o tempo todo, acho que podemos gerar vantagem na zaga deles.

Bruno Henrique em entrevista coletiva no Flamengo — Foto: Thiago Lima / ge

— A vitória era o que a gente queria e tinha um valor pela vitória. Queremos vencer todos os jogos. Temos dificuldade quando pegamos uma linha de cinco, com três zagueiros e dois laterais baixos. Acabou sendo um jogo bom para o Los Angeles, mas não acho que jogamos mal. Fizemos um bom jogo, nós propomos o tempo todo, e uma hora a bola ia entrar. Foi o que aconteceu. A gente tem que projetar um jogo de cada vez. Temos que estar ligados 100% contra o Bayern, para não acontecerem lances bobos e não deixar eles saindo na frente.

— Já tivemos em outros jogos, e no jogo do Los Angeles, quando a gente enfrenta uma equipe com a linha bem baixa, a gente tem dificuldade de entrar. São cinco, oito jogadores marcando atrás da linha da bola. É mais difícil entrar. Quando a gente joga com uma equipe que deixa jogar, a gente consegue desempenhar melhor o nosso futebol e nossa tática.

— Arrasca eu vejo diferença em tudo. Ele é o 10 do Flamengo. Craque. Seleção. Copa do Mundo. Ele é uma referência para nós. Eu me identifico bastante. Tem qualidade de passe, gol. Sempre que eu jogo com ele, me dá toque, diz para eu ficar ligado. Ele acha toques meio mágicos. Está vindo de vários jogos bons, espero que possa nos ajudar mais uma vez.

— Eu me identifico no Wallace Yan. Ele corre, ajuda, marca gol. Vejo ele ser iluminado. Tem muita estrela. Fez gol contra o Chelsea, Los Angeles... Jogo grande ele não se esconde, vai para cima. Ele vai ter muito êxito no Flamengo e vai nos ajudar bastante enquanto estiver com a gente.

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Fonte: Globo Esporte
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