Após prestar depoimento por mais de duas horas sobre a carteira de motorista falsa apresentada por ele em uma blitz no mês passado, o atacante do Flamengo Bruno Henrique deixou a 16ª delegacia, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, sem falar com os jornalistas.
O advogado dele deu uma rápida declaração. "O Bruno apresentou a carteira de boa fé. Os detalhes da investigação não podemos dar no momento", disse o advogado Ricardo Pierre.
De acordo com a defesa, a perícia ainda não foi acrescentada à investigação. Questionado sobre o laudo que comprova a falsificação, ele disse que as investigações prosseguem.
Laudo da perícia feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli atesta que a cédula e o número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foram forjados .
Ao chegar, o atacante também não deu declarações. Ele estava acompanhado do vice-jurídico do clube, Rodrigo Dunshee. Bruno Henrique jogou contra o Barcelona de Guayaquil na noite desta quarta-feira (11).
De acordo com informações da polícia, o jogador poderá ser indiciado por uso de documento falso, que prevê pena de até 6 anos de reclusão.
Fãs na porta da delegacia
Por volta de 15h20, quando o atleta já prestava depoimento por cerca de 1h30, um pequeno torcedor do Flamengo, um garoto de 11 anos, chegou à delegacia com uma camisa do Flamengo para esperar a saída do atacante e conseguir um autógrafo.
Na saída da delegacia, Bruno Henrique posou para uma foto e ouviu de um torcedor: "Fala, Bruno, tá com a habilitação em outro patamar "
Garoto de 11 anos espera saída de Bruno Henrique na porta da delegacia — Foto: Gabriel Barreira/ G1
Relembre o caso
O atacante do Flamengo foi parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada de 29 de fevereiro na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Aos agentes, Bruno Henrique apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo, cujos dados não constavam no sistema de informática do Detran.RJ.
O atacante se recusou a realizar o teste do bafômetro, para descobrir se havia traços de álcool no sangue, no momento em que foi abordado.
Segundo o Programa Lei Seca, Bruno Henrique foi multado por dirigir sem habilitação válida e por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro. Depois, o atacante apresentou um condutor habilitado e retirou o veículo da blitz.
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Bruno Henrique chega para depor na 16ª DP (Barra) — Foto: Gabriel Barreira/G1