O atacante do Flamengo Bruno Henrique deixou 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), pouco depois das 17h45 desta quinta-feira (12), após prestar depoimento sobre a carteira de motorista falsa que o atleta apresentou em uma blitz em fevereiro.
Um laudo feito por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli atestou que a cédula e o número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do jogador foram forjados .
O jogador não falou com os jornalistas. O advogado dele deu uma declaração rápida na saída.
"O Bruno apresentou a carteira de boa fé. Os detalhes da investigação não podemos dar no momento", disse o advogado Ricardo Pieri.
De acordo com a defesa, a perícia ainda não foi acrescentada à investigação. Questionado sobre o laudo que comprova a falsificação, ele disse que as investigações prosseguem.
Bruno Henrique jogou – e fez um gol – contra o Barcelona de Guayaquil, peça Taça Libertadores, na noite de quarta-feira (11). O atacante foi à delegacia acompanhado do vice-jurídico do clube, Rodrigo Dunshee.
De acordo com informações da polícia, o jogador poderá ser indiciado por uso de documento falso, que prevê pena de até 6 anos de reclusão.
Fã na porta da delegacia
Por volta de 15h20, quando o atleta já prestava depoimento por cerca de 1h30, um pequeno torcedor do Flamengo, um garoto de 11 anos, chegou à delegacia com uma camisa do Flamengo para esperar a saída do atacante e conseguir um autógrafo.
Na saída da delegacia, Bruno Henrique posou para uma foto e ouviu de um torcedor: "Fala, Bruno, tá com a habilitação em outro patamar."
Garoto de 11 anos espera saída de Bruno Henrique na porta da delegacia — Foto: Gabriel Barreira/ G1
Relembre o caso
O atacante do Flamengo foi parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada de 29 de fevereiro na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Aos agentes, Bruno Henrique apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo, cujos dados não constavam no sistema de informática do Detran.RJ.
O atacante se recusou a realizar o teste do bafômetro, para descobrir se havia traços de álcool no sangue, no momento em que foi abordado.
Segundo o Programa Lei Seca, Bruno Henrique foi multado por dirigir sem habilitação válida e por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro. Depois, o atacante apresentou um condutor habilitado e retirou o veículo da blitz.
Bruno Henrique chega para depor na 16ª DP (Barra) — Foto: Gabriel Barreira/G1