Vice-presidente de futebol do Flamengo , Marcos Braz, falou sobre a polêmica envolvendo Gabigol , suspenso por dois anos por tentativa de fraude de um exame antidoping realizado no Ninho do Urubu .

O dirigente rubro-negro admitiu que o atacante cometeu excessos durante o procedimento, mas pontuou que o resultado do exame deu negativo.

"A gente ficou muito preocupado e não contava com o tamanho dessa punição. A gente acreditava em uma advertência mais dura até, mas, eu tenho que aproveitar o tamanho da imprensa que está aqui para deixar uma mensagem para o grande público, porque tem muita gente que não entende. Deixar claro que o Gabriel fez o teste de sangue logo que chegou, e o teste de sangue deu negativo. Ninguém que quer burlar alguma coisa faz teste de sangue. Então, se ele tivesse qualquer dúvida, ele não iria fazer o teste de sangue. Ele fez o teste de sangue e foi treinar. Como ele começou os treinamentos, você só pode fazer a sequência das análises duas horas depois que você para o treinamento, que você está descansado'', afirmou após a vitória por 3 a 0 sobre o Nova Iguaçu, neste sábado (30) .

''O Gabriel também deu a sua contribuição para isso tudo ficar de uma maneira ácida, mas tem uma questão central que eu preciso falar, que ele tirou o sangue, tirou a urina e não teve absolutamente nada. Dito isso, você tem aí uma maneira de enquadramento que a gente vê que foi muito severa, e até o placar de 5 a 4 eu acho que bota em dúvida se poderia ou não dar uma punição desse tamanho'', completou.

Por fim, Braz disse que a suspensão por dois anos atribuída pelo TJD-AD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem) foi mais severa do que realmente deveria.

''O Flamengo, junto com seus advogados, recorre para o comitê internacional, em que a gente acredita que em um novo julgamento a gente possa acrescentar com mais ênfase e mais certeza os nossos pontos. Mais uma vez, o atleta teve os erros dele, poderia ter amenizado algumas coisas, mas daí ter a punição que teve a gente acha que não procede e é injusto'', declarou.

Entenda o caso

Gabigol foi acusado pelo TJD-AD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem) de dificultar a realização do exame antidoping no dia 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu.

Um dos relatos da denúncia diz que o jogador demorou para realizar o processo e não cumpriu as instruções dos oficiais.

De acordo com os responsáveis pela realização do exame, o camisa 10 não se dirigiu aos profissionais antes do treino e, depois da atividade, ignorou os agentes e foi almoçar, tratando a equipe com desrespeito e não seguindo o procedimento indicado.

Em seguida, pegou o vaso de coleta sem avisar nenhum dos oficiais e se irritou ao ver que foi acompanhado por um dos responsáveis pelo exame até o banheiro. Em seguida, entregou o coletor aberto, contrariando a orientação

O Flamengo entrará com recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça, para tentar reverter a decisão. Por enquanto, Gabigol não pode sequer realizar treinos no Ninho do Urubu e está suspenso de todas as atividades.

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