Flamengo, Chapecoense, Palmeiras, Atlético Mineiro e Santos na Libertadores. São Paulo, Cruzeiro e Corinthians na Copa Sul-americana. Já são oito os times brasileiros eliminados por equipes estrangeiras das competições internacionais na temporada. Quatro deles jogando em casa as pelejas que marcaram suas despedidas. E não é uma novidade, isso acontece anualmente, apesar da disparidade econômica entre os clubes do Brasil em relação aos vizinhos.
Empáfia, autossuficiência, dinheiro mal investido, atraso de muitos treinadores... São muitas as justificativas, mas é fato que isso se repete com frequência. Em parte com apoio da imprensa, que ao "defender" times do país ajuda a maquiar a realidade. No empate sem gols entre Racing e Corinthians, a transmissão da TV Globo dedicou boa parte do tempo para condenar o comportamento dos argentinos. Mas foi do corintiano Rodriguinho a jogada mais violenta.
"O Rodriguinho foi numa dividida e ele expulsou o Rodriguinho"
,
Fágner
, lateral do Corinthians, reclamando no
Sportv
ao deixar o gramado, sobre o lance abaixo
Expulsão do Rodriguinho foi um absurdo, pegou so na bola pic.twitter.com/SOfJKydO5m
— Fla Vídeos (@Fla_Videos) 21 de setembro de 2017
É preciso mais autocrítica e coragem para tocar na ferida. Mostrar onde erram os times daqui e quais as virtudes dos de fora. Afinal, o velho discurso que tenta fazer dos estrangeiros vilões e dos brasileiros pobrezinhos não engana mais ninguém que consiga juntar lé com cré . Os fracassos continuarão acontecendo na mesma escala, ou pior, enquanto no Brasil muitos insistirem em arrumar desculpas tolas para defeitos que, assim, seguirão sem correção.
E ainda surgem declarações surreais, como as de Fágner, que levou uma entrada dura de Grimi no final do primeiro tempo e logo depois deu o "troco" em Lisandro López. Saindo de campo, reclamou ao Sportv da expulsão de Rodriguinho, que se explica naturalmente no vídeo acima. O lateral pede que os brasileiros se unam.
Deveriam jogar mais bola, para não ser eliminados por times como Guaraní de Assunção, Palestino. Jorge Wilstermann, Barcelona de Guayaquil, Nacional do Paraguai e outros clubes de orçamento muito mais modesto e que despacham ricos elencos de times do Brasil das competições em nosso continente.
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