Bolívar x Flamengo: Time sofre mais do que deveria contra equipe inferior, mas garante vaga; leia análise

— Tentamos fazer um jogo que também os complicasse. Sabemos que pressionam alto, então, evitando isso, corremos menos riscos. Fizemos uma partida de bola disputada, para cansá-los. Acho que foi uma grande partida, que é o mais importante — explicou Rossi sobre a estratégia adotada pelo Flamengo.

Na primeira etapa, a tática planejada por Tite até deu certo. Dando indícios de que havia aprendido a lição com a partida da fase de grupos, quando perdeu por 2 a 1, em abril, o Flamengo soube cadenciar o jogo quando necessário e praticamente não sofreu sustos defensivamente. Assim, sem se desgastar tanto, a equipe ainda teve boas chances de abrir o placar com Gerson e De La Cruz, mas não aproveitou.

Esse panorama mudou no segundo tempo. Com pouca qualidade técnica, mas fôlego e coragem de sobra, o Bolívar aproveitou o ar rarefeito da altitude de La Paz e conseguiu pressionar com excesso de cruzamentos. Após acertar o travessão aos 8, chegou ao gol aos 12. Fábio Gomes, ex-Vasco, fez jogada pela esquerda e Bruno Sávio aproveitou as costas de Ayrton Lucas para marcar.

Além de ter sido o 19º gol de bola aérea sofrido pelo Flamengo em 47 partidas na temporada, o lance saiu numa situação conhecida do rubro-negro. No clássico contra o Botafogo, Mateo Ponte também aproveitou espaço deixado pelo lateral-esquerdo para abrir o placar para o alvinegro.

Após o gol dos bolivianos, o Flamengo praticamente não teve mais a bola. O Bolívar ainda acertou o travessão mais uma vez, em chute desviado por Rossi, que fez outras defesas importantes e foi destaque.