O Bola de Prata chegou em 1972 a sua terceira edição, que teve até a ali a seleção mais democrática do prêmio: dez clubes ficaram com os 11 troféus entregues.

Campeão, o Palmeiras foi o único a ter mais de um atleta no time ideal: o goleiro Leão e o meia Ademir da Guia. Na decisão, a equipe paulista empatou com o Botafogo em 0 a 0, mas ficou com a taça por ter somado mais pontos em toda a competição, que contou com 26 agremiações.

Foi a primeira vez que quatro das cinco regiões do país estiveram representadas na seleção do Campeonato Brasileiro : Sul (Coritiba, Grêmio e Internacional), Sudeste (Botafogo, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras), Nordeste (ABC-RN e Vitória) e a estreante Norte (Remo). Ficava faltando só o Centro-Oeste.

Já os artilheiros foram Pedro Rocha, do São Paulo, e Dadá Maravilha, do Atlético-MG, cada um com 17 gols - o último já tinha sido o goleador máximo também no ano anterior, com 15 bolas nas redes. Chileno, o zagueiro Elías Figueroa, do Internacional, foi o segundo estrangeiro a ser agraciado com a honraria.

Vale destacar que, ao contrário do que alguns sites informam, não houve naquele ano Bola de Ouro, dada ao melhor jogador da disputa e que só passou a ser entregue em 1973 - a de 1971 foi dada apenas em 2013 ao meia Dirceu Lopes, do Cruzeiro, uma espécie de injustiça reparada após 42 anos.

Veja a seleção do Prêmio ESPN Bola de Prata 1972

Goleiro: Leão (Palmeiras)

Lateral-direito: Aranha (Remo)

Zagueiros: Elías Figueroa (Internacional) e Beto Bacamarte (Grêmio)

Lateral-esquerdo: Marinho Chagas (Botafogo)

Volante: Piazza (Cruzeiro)

Meias: Ademir da Guia (Palmeiras) e Zé Roberto (Coritiba)

Atacante: Osni (Vitória), Alberi (ABC-RN) e Paulo César Caju (Flamengo)