Bastidores: acordado pela PF, Bruno Henrique, do Flamengo, ficou abalado e pediu para jogar na quarta

Alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, Bruno Henrique ficou bastante abalado com a situação que viveu na manhã desta terça-feira. O atacante foi acordado por volta das 6h pelos policiais em sua casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Bruno Henrique em Flamengo x Peñarol — Foto: Ricardo Moraes

O atacante é suspeito de ter tomado cartões para beneficiar apostadores que seriam seus parentes e amigos no confronto entre Flamengo e Santos, no dia 1º de novembro de 2023. Na manhã desta terça, a PF foi a diversos locais com mandados de busca e apreensão.

O ge apurou que Bruno Henrique se sentiu incomodado e bastante abalado pela forma como foi tratado. No momento da busca e apreensão, o atacante tinha em casa a companhia da esposa, Giselle Ramalho, dos dois filhos e de dois funcionários.

Os relatos são de choro e apreensão. Após revista em todos os ambientes da casa, foi apreendido apenas o celular do jogador.

Outro endereço alvo da PF no Rio nesta terça foi o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo . Os policiais chegaram ao local também por volta das 6h e, segundo relatos, dirigiram-se aos quartos dos atletas do time profissional, que são utilizados para concentração.

Ao ge , uma fonte relatou que os policiais demoraram a identificar qual atleta era alvo da investigação. Como cada jogador tem uma senha para entrar no quarto, foi necessário entrar em contato com Bruno Henrique para que o código liberasse o acesso. O atacante passou a senha aos funcionários do Flamengo , e os policiais fizeram a revista.

Dois seguranças do futebol acompanharam a operação dentro do quarto de Bruno Henrique. Os policiais revistaram o local, mas não levaram nada. Pouco tempo depois, a PF encerrou a operação no Ninho do Urubu.

Endereços em Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG) encerram a lista dos 12 mandados de busca e apreensão (não há mandados de prisão).

Encerradas as buscas, Bruno Henrique chegou ao Ninho do Urubu por volta das 9h e se reuniu com o departamento de futebol. O atacante pediu para ir ao jogo contra o Cruzeiro, na quarta, e ficar à disposição da equipe. Em nota, o Flamengo informou a decisão, disse que apoiará as autoridades e reforçou confiança no jogador.

Além do atleta, a PF investiga parentes de Bruno Henrique. Entre eles o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada dele, Ludymilla Araujo Lima; e a prima, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outras pessoas no alvo são Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, residentes em Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique. Todos são ex-jogadores ou jogadores amadores de futebol.

O relatório da IBIA informa que as "odds" para Bruno Henrique receber um cartão eram de 3,10 – o que significa que, a cada R$ 1 apostado, o apostador receberia R$ 3,10 caso o resultado acontecesse. Os valores das apostas identificadas pela PF corroboram essas estimativas. Entre os valores identificados de apostas em cartão do atleta, estão os seguintes:

Isto não quer dizer que estes sejam os totais dos valores envolvidos no caso. Conforme o ge revelou, foram três as casas de apostas que perceberam as movimentações incomuns relacionadas em apostas para Bruno Henrique tomar cartão amarelo.

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Fonte: Globo Esporte