Bandeirão de torcida do Flamengo relembra voadora de Romário em jogador do Vélez em 95

Em 1995, um tumultuado Flamengo x Vélez Sarsfield marcaria a memória de torcedores brasileiros e argentinos. Vindo de vitória por 3 a 2 na Argentina e jogando no Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG) — o mando de campo da partida foi vendido — , o Flamengo receberia o time argentino, adversário desta quinta-feira na Libertadores, pela primeira fase eliminatória da extinta Supercopa Libertadores. A vitória rubro-negra por 3 a 0 classificou os cariocas, que só passariam ilesos no placar.

Já com o placar definido, o lateral-direito argentino Flávio Zandoná deixou o cotovelo em uma tentativa de drible de Edmundo. Posterioremente, alegando ter sido provocado e ter recebido um tapa, acertou um soco no rosto do atacante, e acabou levando o troco de Romário: uma voadora no peito. O episódio foi retratado em bandeiras que a torcida rubro-negra estenderá nesta quinta, no Maracanã.

Além do momento da voadora, os rubro-negros ilustraram um drible desmoralizante de Rodrigo Mendes em cima de Zandoná, em jogada junto à linha de fundo. O atacante deixou o argentino no chão, em lance deu origem ao terceiro gol do Flamengo da partida, de Romário.

Na Argentina, o jogo é famoso entre os torcedores do Vélez. Muito mais pelo soco em Edmundo do que pela voadora de Romário, certamente. Em alguns jogos da equipe, é possível ver na arquibancada uma faixa relembrando o lance de Zandoná.

Em 2016, o ex-lateral concedeu entrevista ao site "Uol" dizendo que não se arrepende do ocorrido.

— Não há paciência que banque um adversário ficar do seu lado rebolando, falando coisas e te dando tapa. Ali, quis fazer justiça lhe dando um soco bem forte. Estávamos em mau momento e saindo da Copa. O episódio significou uma catarse para todo o time. Se houvesse outra situação assim, faria de novo — disse o argentino.

Assista a um reportagem da época sobre a patida:

Fonte: Extra