O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello afirmou que não vai à sessão da CPI dos incêndios da Alerj, que convocou dirigentes do Flamengo para esclarecimentos amanhã. A ideia é colocar frente a frente as famílias com os dirigentes atuais e anteriores e tentar extrair novas informações.
— Não fui convidado. E estou em Brasília. Quando me chamarem, irei com prazer — disse ao 'Jogo Extra'
O deputado Alexandre Knoploch (PSL), presidente da comissão, informou que recebeu o aviso de Bandeira e que ele está sujeito a condução coercitiva.
— Bandeira diz que não foi notificado mas se não vier vamos por na condução coercitiva.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello pelas dez mortes no incêndio do Ninho do Urubu, CT do clube, no dia 8 de fevereiro de 2019.
EXTRA apurou que as investigações constataram que serão denunciados pelo Ministério Público do Rio todos os envolvidos que tenham, de alguma forma, contribuído para que a tragédia acontecesse, o que pode alcançar do vigia da unidade até alguém do alto escalão do Flamengo.
Além do ex-cartola, outras sete pessoas foram indiciadas pelo mesmo crime e de forma dolosa, quando se assume o risco de matar: o monitor Marcos Vinicius e os Engenheiros do clube Marcelo Sá e Felipe Ponde. Os engenheiros da NHJ Danilo Duarte, Weslley Giménes e Fábio Hilário e o técnico em refrigeração Edson Colman. Além das dez vítimas fatais entre 14 e 16 anos, mais três jogadores ficaram feridos.
Na investigação, assinada pelo delegado Márcio Petra, a polícia observou os envolvidos sabiam que o contêiner tinha diversas irregularidades estruturais e elétricas; a ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner; a ausência de monitor no interior do contêiner e a recusa de assinatura do TAC proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do time.